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Terra, Nosso Lar

A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, está viva com uma comunidade de vida única. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida.

A capacidade de recuperação da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todas as pessoas. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado. (Carta da Terra)

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sexta-feira, 28 de outubro de 2011


Brasil reciclou 97,6% de latas de alumínio produzidas em 2010

28/10/2011 10:40 - Portal Brasil
O Brasil reciclou 97,6% das latas de alumínio produzidas para embalagens de bebidas em 2010, um total de 239 mil toneladas de sucata, o equivalente a mais de 17 bilhões de unidades de latas. De acordo com a Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas), que divulgaram nesta quinta-feira (27) os resultados, os números de 2010 mostram crescimento de 20,3% na reciclagem e de 21% na produção, em comparação com 2009.
O índice mantém o Brasil na liderança da reciclagem de latas de alumínio para bebidas. No mesmo período, o Japão reciclou 92,6% da produção e a Argentina, 91,1%. Nos Estados Unidos, o índice foi 58,1%, mas o volume de produção é muito maior, cerca de 100 bilhões de latas por ano.
Em 2010, a reciclagem de latas no país movimentou cerca de R$ 1,8 bilhão. Desse total, R$ 555 milhões foram injetados diretamente na coleta. De acordo com o empresariado, o volume de latas de alumínio coletado em 2010 equivale à geração de pelo menos 251 mil empregos no setor.
As entidades também apresentaram os resultados da Greendex 2010, pesquisa feita anualmente pela National Geographic desde 2008 sobre consumo ambientalmente sustentável no mundo. O Brasil ficou em segundo lugar entre 17 nações, atrás apenas da Índia. Segundo o diretor executivo da Abralatas, Renault Castro, deve-se comemorar o resultado, mas com ressalvas.
“Comemoramos porque a base do nosso consumo é mais sustentável do que a de muitos países, mas alguns índices são reflexo do estágio de desenvolvimento econômico do país”, disse Castro, referindo-se a dados da pesquisa como o que mostra que os brasileiros se locomovem mais do que a média mundial por meio de transportes públicos e considerando que essa tendência pode se inverter caso não sejam feitos investimentos governamentais nesse tipo de locomoção.
Para avaliar o consumo sustentável das populações dos 17 países – entre eles a Argentina, Austrália, os Estados Unidos, a China, o México, a Inglaterra, Rússia, o Japão, Suécia e Alemanha – a pesquisa entrevistou 17 mil pessoas sobre itens como moradia, transporte, alimentação, energia e atitudes.
No quesito moradia, os brasileiros conquistaram o primeiro lugar, que considera o número de quartos nas casas, a tendência de ter aquecedores e ar-condicionado e o uso de eletricidade “verde”, principalmente pelo uso de energia hidrelétrica, entre outras fontes renováveis. A pior colocação brasileira foi a do quesito alimentação, com a 16ª colocação, graças ao baixo consumo de frutas e legumes e à ingestão de carne em maior quantidade que outras nacionalidades. No consumo de carnes, o Brasil se iguala à Argentina.
“Essas pesquisas podem ajudar a orientar políticas públicas”, disse Castro. “A atitude do brasileiro mostra uma evolução. Notamos, por exemplo, o aumento da preocupação com as embalagens dos produtos".

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Triângulo do Lixo Hospitalar


O empresário titular da empresa Na Intimidade Ltda, e dono das lojas “Império do Forro de Bolso”, criou o “Triangulo do Lixo Hospitalar” em Pernambuco. Nas cidades de Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Caruaru, no Agreste Pernambucano, o empresário Altair Teixeira de Moura estabeleceu as suas unidades de confecção.

A especialidade desse empresário pernambucano é o forro de bolso para calças jeans, calças de ternos, e para bermudas de crianças e adultos. Como o tecido de forro de bolso não aparece, e certamente como insumo é o mais barato na linha de produção de peças do vestuário, a importação de “tecidos de algodão com defeito” – lixo hospitalar – era o mais lucrativo para o empresário.
















Desde o ano de 2009, que a empresa Na Intimidade Ltda importa “tecidos de algodão com defeito” dos Estados Unidos. As autoridades rastrearam as importações da Na Intimidade LTDA e somente em 2011 apontam que essa empresa importou 22 containeres contendo “tecidos de algodão com defeito”.  Dois desses containeres importados pela Na Intimidade Ltda foram apreendidos na semana passada pela Receita Federal no porto de Suape, e somam 46,6 toneladas de lixo hospitalar.
















Agentes de fiscalização da Anvisa e Ibama e a delegada que conduz as investigações, localizaram entre a última sexta-feira (14/10) e essa segunda-feira (17/10) o total de 38 toneladas de lixo hospitalar dentro das unidades da empresa Na Intimidade Ltda, instaladas nos municípios pernambucanos de Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Caruaru.

Alguns milhares de kilos de lixo hospitalar estavam prontos para entrarem na mesa de corte e serem magicamente transformados em forro de bolso, os quais seriam colocados no mercado brasileiro e nas unidades “Império do Forro de Bolso”, incluindo a loja virtual que a empresa mantinha na internet. Outros milhares de kilos de forro de bolsos já estavam prontos e aguardavam em um depósito os seus destinos.

A importação de lixo hospitalar dos Estados Unidos já soma 84,6 toneladas (46,6 apreendidas no porto de Suape e mais 38 nas unidades da empresa).


Entre as estratégias de venda do forro de bolso, o empresário utilizou um site na internet para alavancar seu negócio. A empresa Na Intimidade Ltda mantinha uma loja virtual denominada Império do Forro de Bolso no endereço da internetwww.forrodebolso.com.br.


No site, Moura dizia que “vendemos forro de bolso para calça e bermudas, jeans, brim, social sob suas medidas, também temos forro com medidas padrão. Despachamos para todo o Brasil e podemos exportar também. Tecido 50% algodão e 50% poliester, branquiado já pré-lavado. Otimize sua produção comprando o forro do bolso de suas confecções já cortadas sob suas medidas. Preços especiais para EXPORTAÇÃO.”


O empresário é experiente na importação de tecidos. Entre 2001 e 2011 sempre esteve a frente de duas empresas de confecções que importavam tecidos Estados Unidos.

E sabe-se agora que Altair Moura também domina o comércio da exportação. Por meio de sua primeira empresa (deixou a sociedade em 2009) exportou seus produtos para a Angola entre os anos de 2002 e 2009.
Dados na internet mostram os negócios das exportações desse empresário pernambucano que importou lixo hospitalar dos Estados Unidos.

Moura chegou a declarar numa determinada época, que “a cada três meses, um contêiner embarca com um volume de 100 mil e 200 mil peças produzidas no interior pernambucano”.

Tudo começou a partir de uma feira da África do Sul, em 2000. “Fui convidado para expor os meus produtos. No final do evento, descobri que as pessoas de lá não eram meu público, mas que poderia me dar muito bem em Angola”, relembra Altair Moura.














O mais incrível são os princípios declarados pelo empresário que importou lixo hospitalar, e publicados no site da loja virtual que mantinha na internet.

MISSÃO - CONSTRUINDO NOSSO FUTURO:

Desenvolver e comercializar produtos inovadores, de alto valor percebido, com qualidade e rentabilidade classe mundial e criação de valor para funcionários, fornecedores e clientes, atuando com responsabilidade social e ambiental.

PRINCÍPIOS QUE NOS GUIAM:

Ética: Integridade, honestidade, transparência e atitude positiva na aplicação das políticas internas e no cumprimento das leis.

Informações revelam que somente a empresa Na Intimidade Ltda, desde 2009 até a presente data, teria importado 60 (sessenta) containeres de “tecidos de algodão com defeito”. Se confirmarem as informações de importação é preciso saber o destino dos forros de bolso dados pelo empresário pernambucano. Seriam 1.398 toneladas de lixo hospitalar importadas dos Estados Unidos (para conhecimento do leitor a cidade de Porto Alegre produz algo perto de 1.500 toneladas de lixo por dia).


















Com o lixo hospitalar vindo dos  Estados Unidos, o empresário poderia confeccionar 1.398.000 kilos de forro de bolso. Se considerarmos o preço de R$ 14,00 por kilo de forro de bolso anunciado no site da loja virtual Império, o faturamento da Na Intimidade Ltda, de titularidade do empresário pernambucano, poderia chegar ao milionário valor de R$ 19.527.000,00 com a importação lixo hospitalar dos Estados Unidos nos últimos 3 anos.
Fonte: Garbage

quarta-feira, 12 de outubro de 2011


MMA mobiliza sociedade para o consumo consciente


Foto MMA mobiliza sociedade para o consumo consciente
Novas campanhas, como a de coleta de eletroeletrônicos, serão promovidas em estações de metrô de Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, para conscientizar a população contra o desperdício.


Qual é a diferença entre consumo consciente e consumo sustentável? No primeiro caso, o consumidor faz escolhas individuais e imediatas, relacionadas à sua capacidade de optar em cada compra realizada. Já o consumo sustentável implica em uma mudança de padrão de comportamento e de hábitos adotados, e tem resultados que melhoram o planeta e a qualidade de vida da sociedade como um todo.

Nos últimos anos, o MMA promoveu inúmeras ações no Dia do Consumidor, sempre comemorado no dia 15 de outubro. A partir deste ano, o Ministério inaugura o Mês do Consumo Sustentável, com atividades de mobilização e conscientização de consumidores e de diferentes setores da sociedade.

De acordo com a gerente de produção e consumo sustentável do MMA, Fernanda Daltro, serão lançadas neste período três novas campanhas, como a de coleta de eletroeletrônicos, que será promovida em estações de metrô de Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. Entre 12 e 26 outubro, serão disponibilizados postos de coleta em locais escolhidos pela intensa movimentação de passageiros.

Os consumidores serão estimulados a levar equipamentos antigos ou que estão fora de uso, como TVs, eletrodomésticos, monitores, cabos de computadores, telefones, celulares, CDs, DVDs, fitas VHS e afins.

Nesta campanha, o MMA conta com as parcerias da Phillips, Carrefour e de duas empresas de coleta e reciclagem, a Descarte Certo e a Oxil, que vão realizar a coleta, triagem e destinação adequada a recicladores.

Fernanda explica que esta é também uma maneira de preparar o consumidor para o processo de logística reversa, prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos. "Esperamos sensibilizar o consumidor a não realizar o descarte de eletroeletrônicos no lixo comum, pois tal prática tem alto impacto ambiental, uma vez que os produtos possuem componentes químicos e tóxicos. Além disso, o descarte inadequado gera desperdício de materiais que podem ser reaproveitados, como plástico, vidro e metais", avalia a gerente de consumo sustentável.

Cadernos Sustentáveis

O MMA também vai lançar a série Cadernos de Consumo Sustentável, que serão exemplares explicativos e lúdicos, com informações sobre o consumo sustentável e suas colaborações para a sociedade e o meio ambiente.

As publicações serão lançadas periodicamente e contarão com a parceria de instituições especializadas em assuntos relacionados ao tema. O primeiro número será produzido com o Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre) com a temática consumo sustentável e reciclagem.

Os próximos cadernos vão abordar os temas do consumo sustentável relacionado à água e ao público infantil. "Vamos mostrar como a sociedade pode ter uma postura responsável relacionada a estas temáticas", explica Fernanda Daltro.

Redução de sacolas - A partir de 20 de outubro, haverá ainda a segunda fase da campanha educativa direcionada à redução do uso de sacolas plásticas pelos consumidores. A primeira etapa deste processo de conscientização foi a campanha "Saco é um Saco", que ressaltou a importância de se reduzir o consumo de sacolas plásticas e conseguiu reduzir a produção de cerca de 5 bilhões destas embalagens, entre 2007 e 2011.

Para se ter uma ideia, em 2007, havia 17, 9 bilhões de sacolas plástica sendo produzidas por ano. Em 2010, este número já foi reduzido para 14 bilhões, segundo uma pesquisa de sustentabilidade produzida pela rede Walmart."Conseguimos iniciar um processo de sensibilização com a sociedade, e provocamos ainda o debate com diferentes setores que foram mobilizados", explica a gerente.

A nova fase da campanha vai receber o título "Vamos tirar o planeta do sufoco", e além de promover os conceitos de consumo consciente e de redução do uso do plástico, vai motivar a sociedade a adotar novas alternativas. O MMA e parceiros pretendem estimular o uso de sacolas reutilizáveis, embalagens de papelão, carrinhos de feira e outras embalagens reaproveitáveis.

O lançamento da campanha será nacional, mas a Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA pretende estimular a implementação do projeto em cada estado da federação, bem como os municípios.

As grandes redes de supermercado também já estabeleceram metas de redução do uso de sacolas plásticas, com o objetivo de alcançarem a eliminação (ou a utilização mínima) destas embalagens até 2012. Estas metas se tornaram compromissos que vão constar do Plano Nacional de Produção e Consumo Sustentável.

Boas práticas - Se analisarmos toda a cadeia envolvida no processo de consumo, perceberemos que os consumidores podem optar por escolher melhor seus produtos, além de diminuir o consumo de água e energia, prática que também pode ser adotada pelo varejo e pelo setor produtivo. O comércio do varejo também pode oferecer produtos mais sustentáveis e promover a gestão de resíduos, além de estimular o consumidor a praticar o consumo sustentável.

Os fornecedores, desde o momento de fabricação até o de distribuição, podem adotar medidas de redução de água, energia e de insumos. Podem ainda instituir o critério da sustentabilidade ao comprar matérias-primas feitas a partir de manejo e de outros critérios, como a reposição de elementos à natureza.

Na hora de desenvolver os produtos, podem optar por uma criação que seja desde o princípio sustentável, com a redução de embalagens desnecessárias e a elaboração de produtos mais concentrados.

Já o governo, pode dar um impulso importante ao ciclo do consumo sustentável ao realizar compras públicas de produtos que tenham critérios de sustentabilidade, uma vez que é classificado como o maior consumidor individual de cada país.

Fernanda Daltro ressalta que, quando são colocados critérios ambientais nestas compras, ocorre o estímulo para a reestruturação do mercado, e que atitudes assim têm o poder de influenciar e motivar todos os envolvidos na cadeia de consumo a realizar escolhas melhores.

O MMA também lançou um hotsite sobre consumo sustentável que traz informações sobre as ações promovidas pelo Ministério e instituições parceiras, posts e dicas de consumo sustentável.
O endereço é : hotsite.mma.gov.br/mesdoconsumosustentavel

As estações de metrô que que vão receber o lixo eletrônico:

Brasília- Estação Galeria
Rio de Janeiro- Estação Carioca
Belo Horizonte- Estação Eldorado
São Paulo- Estação Tucuruvi 

Carine Côrrea - ASCOM

DIA NACIONAL ALERTA PARA RISCO DA OBESIDADE

Para marcar o Dia Nacional de Prevenção à Obesidade, Ministério alerta para o crescimento do problema. Dados do Vigitel (2010) indicam uma prevalência de 48,1% dos adultos com excesso de peso

Reduzir a prevalência de obesidade em crianças e adolescentes e deter o crescimento do problema em adultos são metas do Ministério da Saúde para os próximos dez anos, previstas no Plano de Ações de Enfrentamento às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs).Hoje (dia 11) é comemorado o Dia Nacional de Prevenção à Obesidade, que é considerado um dos principais fatores de riscos para o aparecimento das DCNTs como doenças cardiovasculares e diabetes.

O Plano tem por objetivo promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas efetivas, integradas e sustentáveis com base em evidências para a prevenção e o controle das DCNTs (câncer, diabetes, doenças do aparelho circulatório e respiratórias crônicas) e dos fatores de riscos (tabagismo, consumo nocivo de álcool, inatividade física, alimentação inadequada e obesidade). O plano prevê ainda o fortalecimento dos serviços de saúde voltados para a atenção aos portadores de doenças crônicas. 

Segundo a coordenadora de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Malta, é preciso orientar a população sobre as consequências da obesidade e a importância de prevenir o aparecimento precoce de doenças decorrentes do excesso de peso. “Os índices são alarmantes, e nós precisamos frear o avanço da obesidade ente a população”, alerta. 

ESTATÍSTICAS - O Brasil trata a questão como um grande desafio, uma vez que aproporção de adultos com excesso de peso tem aumentando de forma progressiva. Os dados do Vigitel (2010) indicam uma prevalência de 48,1% dos adultos (52,1% em homens e 44,3% em mulheres) com excesso de peso. 

No período 2006-2010 houve um aumento de excesso de peso em 1,2 ponto percentual ao ano entre os homens, enquanto, entre as mulheres, esse aumento foi de 2,2 pp. A frequência de obesidade aumentou, em média, 1 pp ao ano em mulheres no período 2006-2010. 

O excesso de peso e a obesidade entre jovens e crianças também têm sido preocupantes. A avaliação do estado nutricional de crianças de 5 a 9 anos de idade, estudada pela POF 2008-2009, mostrou que o excesso de peso e a obesidade já atingem 33,5% e 14,3%, respectivamente. Na população de 10 a 19 anos, o excesso de peso foi diagnosticado em cerca de 1/5 dos adolescentes e a prevalência de obesidade foi de 5,9% em meninos e 4% em meninas. 

Os níveis de atividade física no lazer na população adulta são baixos (15%) e apenas 18,2% consomem cinco porções de frutas e hortaliças em cinco ou mais dias por semana; 34% consomem alimentos com elevado teor de gordura e 28% consomem refrigerantes cinco ou mais dias por semana, o que contribui para o aumento da prevalência de excesso de peso e obesidade, que atingem 48% e 14% dos adultos, respectivamente. 

ALIMENTAÇÃO – O baixo consumo de arroz, feijão, frutas e hortaliças são reflexos de uma má alimentação adotada pela população brasileira, que atualmente, preferem refeições ricas em gorduras, sal e açúcar e com pouco teor nutritivo. 

O consumo diário de sal no Brasil atualmente é de 12 gramas, enquanto o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de apenas 5 gramas. O sal em excesso constitui fator de risco para doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial e doenças renais. Outro problema no país é a ingestão em excesso de açúcar, que é um grande aliado para o aparecimento da diabetes e o aumento da obesidade entre os brasileiros. De acordo com a POF 2008-2009, 61,3% da população consomem açúcar de forma exagerada. 

Deborah Malta explica que o país enfrenta uma transição nutricional. “O arroz com feijão vem sendo substituído por alimentos processados, com excesso de gorduras, e não saudáveis. Apenas 18% dos brasileiros seguem a recomendação de comer 400 gramas ao dia de frutas, legumes e verduras. E para evitarmos o crescimento da obesidade é preciso que a população tenha consciência dos malefícios que este fator de risco traz para a saúde”, ressalta. 

DESTAQUES -O Ministério da Saúde prepara, para o próximo ano, o Plano Intersetorial de Prevenção e Controle da Obesidade, que tem por objetivo promover modos de vida e alimentação adequada e saudável para a população brasileira. O Plano Intersetorial é parte integrante do Plano Plurianual 2012¿2015, Plano Brasil Sem Miséria, Plano de Segurança Alimentar e Nutricional e o Plano de Doenças Crônicas não Transmissíveis 2011¿2022. 

O Plano tem como propósito eleger estratégias e medidas que apoiem os modos de vida saudável (Promoção da Alimentação Adequada e Saudável e Promoção da Atividade física) de forma mais operativa para os próximos quatro anos.
  

AÇÕES PROPOSTAS PELO PLANO DCNTs: 

- Formular e implementar o Plano Intersetorial de Prevenção e Controle da Obesidade, em conjunto com os setores representados na Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan).

- Fomentar a vigilância alimentar e nutricional por meio da realização de pesquisas e/ou inquéritos populacionais sobre prevalência de sobrepeso, obesidade e fatores associados.

- Estimular o hábito de práticas corporais/atividade física no cotidiano e ao longo do curso da vida.- Apoiar iniciativas intersetoriais para o aumento da oferta de alimentos básicos e minimamente processados no contexto da produção, abastecimento e consumo.

- Apoiar iniciativas intersetoriais de comunicação social, educação e advocacy para adoção de modos de vida saudáveis.- Apoiar iniciativas intersetoriais para a promoção de modos de vida saudáveis nos territórios, considerando espaços urbanos (como escola, ambiente de trabalho, equipamentos públicos de alimentação e nutrição, atividade física e redes de saúde e socioassistencial) e espaços rurais (como unidades de conservação e parques nacionais).

- Estruturar e implementar modelos de atenção integral à saúde do portador de excesso de peso/obesidade na rede de saúde, em especial na atenção primária.- Fomentar iniciativas intersetoriais para a regulação e o controle da qualidade e inocuidade de alimentos.

- Propor e fomentar iniciativas intersetoriais para a adoção de medidas fiscais tais como taxas, subsídios e tributação simplificada, com vistas a estimular o consumo de alimentos saudáveis, como frutas e hortaliças.