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A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, está viva com uma comunidade de vida única. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida.

A capacidade de recuperação da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todas as pessoas. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado. (Carta da Terra)

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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Tecnologia da Embrapa Solos permite a produção de tomates sem resíduos de agrotóxicos

A Embrapa Solos, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária no Rio, apresentou, no município de São Sebastião do Alto, na região serrana do estado, o tomatec. Trata-se de uma tecnologia desenvolvida pela empresa para a produção de tomates sem resíduos de agrotóxicos.

No Sítio Rio Negro, onde será feita a apresentação, estão plantados 2 mil pés de tomates, cultivados pelos pequenos produtores locais. O evento reuniu técnicos da Embrapa Solos e agricultores das regiões serrana, norte e noroeste do estado. 

Segundo o engenheiro agrônomo José Ronaldo Macedo, pesquisador da Embrapa Solos, o tomatec é um sistema de produção que permite utilizar qualquer cultivar ou variedade de tomate. Ele se caracteriza pelo ensacamento das pencas, que garante que o fruto não fique contaminado por pragas nem por resíduos de agrotóxicos.

Não se trata, contudo, de produção orgânica, uma vez que existe, quando necessária, embora em escala reduzida, a aplicação de produtos químicos contra pragas, como defensivos agrícolas ou fungicidas, esclareceu.

Macedo explicou ainda que a tecnologia permite reduzir o custo dos produtores em cerca de 10%, ampliando a produtividade em até 30%. Ele avaliou que a redução no custo é um grande ganho, porque haverá aumento de produtividade e porque a ideia no futuro é que o produtor tenha esse produto valorizado. 

A tecnologia desenvolvida pela Embrapa Solos baseia-se em pontos que podem ser adotados por qualquer agricultor. Um deles é a introdução do sistema de plantio direto, que envolve rotação de culturas, para o solo não ficar contaminado por pragas e doenças que atingem o tomate.

A condução do tomate, ou tutoramento, é feita nessa tecnologia de forma vertical e não inclinada, como ocorre tradicionalmente, o que favorece a criação de um microambiente muito úmido próximo às plantas. Pelo tomatec, o tutoramento é feito com fitilhos que são usados uma vez e, depois, entram na rotação de culturas, como, por exemplo, a ervilha ou o feijão de corda. 

Outro ponto reúne o uso da irrigação por gotejamento com a adubação. A essa técnica dá-se o nome de fertirrigação. Na produção tradicional de tomate, os produtores usam mangueira de duas polegadas. “É um sistema muito arcaico. Na fertirrigação, o produtor fica com o tempo de irrigar e adubar liberado para fazer outros tratamentos”.

Em seguida, vem o manejo integrado de pragas. Duas vezes por semana, o agricultor percorre a lavoura, analisando um número pequeno de plantas. Ele anota as doenças encontradas e, ao final do monitoramento, quantifica as pragas. “Se houver necessidade, aplica o inseticida ou fungicida”. O agrônomo da Embrapa Solos destacou que como as pencas deverão estar ensacadas nessa etapa do plantio, os sacos protegem contra a aplicação de defensivos.

“E os produtores têm a garantia de que vão colher 100% dos frutos, que não são atacados pelas brocas, praga que, nos tomates, causa prejuízo de mais de 50% do plantio se não houver o tratamento adequado”, explicou. Segundo Macedo, o agricultor ganha em termos de produtividade com o ensacamento, pelo fato de o inseto não conseguir atingir o fruto. Sem o ensacamento, a perda da lavoura atinge, em média, de 20% a 30%.

Edição: Graça Adjuto
lana Gandra
Repórter da Agência Brasil

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

United Nations Decade on Biodiversity - Official Video

sábado, 12 de novembro de 2011

Dia Mundal do Diabetes


Na próxima segunda-feira, 14 de novembro, é o Dia Mundial do Controle da Diabetes. Segundo a Federação Internacional de Diabetes, entidade ligada à Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de diabéticos no mundo passa de 250 milhões. No Brasil, dados da Associação Nacional de Assistência ao Diabético (ANAD) mostram que cerca de 10 milhões de pessoas têm a doença, mas apenas metade tem consciência de sua situação. Além destes, uma parcela da população não tem a doença, mas está à beira dela, são os pré-diabéticos.
A SB Comunicação - (21)3798-4357 ou 7674-1492 ou 7674-3283 - apresenta algumas sugestões de pautas sobre a doença. Nossos especialistas (médicos, chefes de setores e/ou professores universitários) estão à disposição para entrevistas.

À beira do diabetes
Antes de desenvolver o diabetes tipo 2, a maioria das pessoas apresenta uma condição assintomática chamada pré-diabetes. Também conhecida como intolerância à glicose ou tolerância diminuída à glicose ou ainda, glicemia de jejum alterada. Cerca de 41 milhões de pessoas sofrem de pré-diabetes nos Estados Unidos, tendo níveis de glicose no sangue maiores que o normal, mas ainda não altos o bastante para fazer o diagnóstico de diabetes.
“É grande a importância de diagnosticar o pré-diabetes, já que o tratamento dessa condição pode prevenir o aparecimento do diabetes do tipo 2. Além disso, o tratamento adequado do pré-diabetes pode prevenir várias complicações sérias associadas como doenças cardíacas e lesões aos rins ou aos olhos”, explica a endocrinologista do Hospital São Vicente de Paulo, Ana Cristina Belsito.
A médica alerta que embora a maioria das pessoas com pré-diabetes não tenha qualquer sintoma, alguns indivíduos já podem apresentar sintomas sugestivos de diabetes como, sede excessiva, necessidade de urinar muitas vezes e em grande quantidade, visão borrada ou cansaço acentuado.
O principal componente do tratamento do pré-diabetes consiste nas mudanças de estilo de vida, ou seja, na adoção de um hábito de vida saudável, que inclui medidas como alimentação saudável e equilibrada, perda de peso, atividade física regular, parar de fumar e controlar os níveis de pressão arterial ou colesterol.

Sugestão de fonte: Ana Cristina Belsito, endocrinologista do Hospital São Vicente de Paulo, membro da Sociedade Brasileira de Diabetes e da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Diabetes e complicações vasculares
A maior parte das pessoas não pensa no diabetes como um sinal de alerta para uma doença cardíaca. Mas ele é. Cerca de 75% das pessoas com diabetes tipo 2 costumam apresentar doenças cardíacas, principalmente em função do processo de agressão que sofrem as artérias coronárias (responsáveis por levar sangue aos músculos do coração) causado pelo excesso de glicose no sangue. Logo, o risco de ataques cardíacos é duas a três vezes maior em pessoas com diabetes.
Da mesma forma que ocorre com as artérias coronárias, o nível de glicose também provoca alterações nas artérias que levam sangue ao cérebro. Pouco sangue no cérebro significa pouco oxigênio para suas células e, consequentemente, prejuízo de suas funções em geral, além de alto risco de derrames.
A normalização dos níveis de glicemia pode reduzir o risco de ataques cardíacos (infartos do miocárdio) em até 50%, ainda mais se também forem controlados outros fatores de risco como níveis de colesterol, hipertensão e tabagismo.

Sugestão de fonte: Cyro Rodrigues, cardiologista, presidente do Centro de Estudos do Hospital São Vicente de Paulo e chefe do serviço de Cardiologia Intervencionista e Hemodinâmica do Hospital São Vicente de Paulo. Membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia e da Sociedade Brasileira de Cardiologia Intervencionista.

Diabetes e infertilidade
Cerca de 80 milhões de casais em todo o mundo sofrem com problemas de infertilidade, cerca de 280 mil apenas no Brasil, segundo estimativa do Ministério da Saúde. O que pouca gente sabe é que a diabetes pode contribuir para esse quadro. Estudos sobre a relação entre a diabetes e a infertilidade, como o realizado na Universidade de Belfast, na Irlanda do Norte, já comprovaram que o esperma dos diabéticos apresenta taxas mais elevadas de anomalias no DNA do que o dos homens não-diabéticos.
Segundo o especialista em medicina reprodutiva, João Ricardo Auler, além da predisposição para produzir gametas geneticamente defeituosos, os diabéticos costumam apresentar redução significativa no volume de sêmen, o que colabora para instalação de um quadro de infertilidade.
Para o médico, a melhor maneira de reduzir o impacto da doença na fertilidade é manter vigilância sobre os índices de glicemia “O diabetes, quando controlado, não interfere na qualidade de vida do paciente. Por consequência, a produção de gametas anômalos será menor nos pacientes que se cuidam”, explica. O médico lembra que a doença, apesar de incurável, é facilmente controlada com medicação e exercícios físicos.
Além dos homens, as mulheres diabéticas também podem ser surpreendidas por problemas com a fertilidade. “Doenças crônicas impactam diretamente na produção hormonal do indivíduo, o que pode dificultar a concepção natural”, salienta. Auler explica que a doença é responsável por boa parte dos abortos espontâneos e nascimentos prematuros. “A mulher que não consegue controlar suas taxas de glicemia nas primeiras semanas de gravidez estará mais sujeita a hemorragias e abortos, além de ter entre duas a quatro vezes mais chances de gerar uma criança com defeitos”, completa o especialista.

Sugestão de fonte: João Ricardo Auler, pós-graduado em ginecologia e obstetrícia. É membro da Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida, da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, Sociedade Brasileira de Videoendoscopia Ginecológica e Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro. É diretor-médico da Clínica Pró Nascer.


Vivian Lopes
Jornalista
SB Comunicação
R. Visconde de Inhaúma, 38/1201, Centro, RJ

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

ALIMENTOS TRANSGÊNICOS




SEUS PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS



A questão de alimentos transgênicos, está sendo discutida desde o surgimento das batatas do Mc Donald. 


Estes alimentos são modificados geneticamente, são utilizados genes de espécies diferentes de animais, vegetais e micróbios. 



Este " material", tem seus pontos positivos e negativos, sendo eles:

POSITIVOS:

• Aumento da produção de alimentos;

• Melhoria do conteúdo nutricional, desenvolvimento de nutrimentos (alimentos que teriam fins terapêuticos);

• Maior resistência e durabilidade na estocagem e armazenamento.

NEGATIVOS:

• Aumento das reações alérgicas;

• As plantas que não sofreram modificações genéticas podem ser eliminadas pelo processo de seleção natural, pois, as transgênicas possuem maior resistência às pragas e pesticidas;

• Aumento da resistência dos pesticidas e gerando maior consumo destes produtos;

• Apesar de eliminar pragas prejudiciais à plantação, o cultivo de plantas transgénicas podem matar populações benéficas como abelhas, minhocas e outros animais e espécies de plantas. 

• Os transgênicos podem perder suas características naturais.



Os 10 maiores perigos dos alimentos transgênicos para a saúde e para o meio ambiente


1. A qualidade nutricional dos alimentos que passam por manipulações genéticas pode ser diminuída. Essa alteração na quantidade de nutrientes também pode interferir na sua absorção pelo metabolismo do homem.

2. A transferência de genes entre alimentos causa, em alguns casos, modificações na estrutura e função dos mesmos, alterando significativamente sua composição. Isso pode provocar efeitos inesperados.

3. A resistência ao efeito dos agrotóxicos por parte de alguns transgênicos tem a possibilidade de gerar um aumento de resíduos dos venenos, uma vez que permite uma aplicação maior na plantação. Os resíduos resultantes dessa grande quantidade permanecerão nos alimentos e ainda poluirão solos e rios.

4. Com a interferência da engenharia genética, muitas plantas correm o risco de passar a produzir compostos como neurotóxicas e inibidores de enzimas em níveis acima do normal, tornando-as tóxicas.

5. Proteínas transferidas de um alimento para outro podem passar a ter propriedade alergênica, ou seja, podem vir a causar sérias reações alérgicas em algumas pessoas mais sensíveis.

6. Genes antibiótico-resistentes contidos nos alimentos transgênicos podem passar sua característica de resistência para as pessoas e animais, o que poderia gerar a anulação da efetividade de antibióticos nos mesmos.

7. A manipulação genética traz riscos à saúde dos animais porque podem aumentar os níveis de toxina nas rações e alterar a composição e qualidade dos nutrientes.

8. Alguns cientistas alertam que o uso da técnica de resistência a vírus na agricultura pode fazer surgir novos tipos de vírus e, consequentemente, novas e complexas doenças. Tudo porque o vírus híbrido passa a ter aspectos diferentes do vírus original ao qual a planta tem resistência.

9. Alguns cientistas prevêem o empobrecimento da biodiversidade com o uso da engenharia genética, uma vez que a mistura (hibridação) das plantas modificadas com outras variedades pode criar “super pragas” e plantas “mais selvagens”, provocando a eliminação de espécies e insetos benéficos ao equilíbrio ecológico do solo. O conseqüente uso mais intensivo de agrotóxicos pode ainda causar o desenvolvimento de plantas e animais resistentes a uma ampla gama de antibióticos e agrotóxicos.

10. Os efeitos negativos da engenharia genética na natureza são impossíveis de serem previstos ou mesmo controlados, uma vez que os OGMs são formas vivas e, por isso, susceptíveis a sofrer mutações, multiplicar-se e se disseminar. Ou seja, uma vez introduzidos nos ecossistemas, os transgênicos não poderão ser removidos.

Alguns países que produzem estes alimentos:

Estados Unidos: Melão, soja, tomate, algodão, batata, canola e milho

União Europeia: Tomate, canola, soja e algodão

Argentina: Soja, milho e algodão

Brasil: Soja, batata, feijão, mamão...

Alguns alimentos transgênicos comercializados:

- Pringles Original, da Procter & Gamble, batata frita contendo milho Bt 176 da Novartis;



 - Salsicha Swift, da Swift Armour, salsichas do tipo Viena contendo soja RR;



- Sopa Knorr, da Refinações de Milho Brasil, mistura para sopa sabor creme de milho verde contendo soja RR;



- Cup Noodles, da Nissin Ajinomoto, macarrão instantâneo sabor galinha contendo soja RR;

- Cereal Shake Diet, da Olvebra Industrial, alimento para dietas contendo soja RR;



- Bac’Os da Gourmand Alimentos (2 lotes diferentes), chips sabor bacon contendo soja RR;



- ProSobee, da Bristol-Myers, formula nao lactea a base de proteína de soja contendo soja RR;



- Soy Milk, da Ovebra Industrial, alimento a base de soja contendo soja RR;



- Supra Soy, da Jospar, alimento a base de soro de leite e proteina isolada de soja contendo soja RR.


Simbolo dos alimentos transgênicos:




Alimentos Trangênicos, podem ou não causar uma modificação em nosso DNA?
Esta é uma questão que vem sendo discutida a um certo tempo. porém não tem uma resposta certa.

Com isso podemos concluir, que o alimento transgênico, é um assunto a ser comentado, pois apesar dos seus pontos positivos, existem vários pontos negativos.







Fernanda Ferraresi

Postado por Memorias de alunos em crise... às 14:21

Transgênicos e agrotóxicos X caminhos para uma alimentação saudável


Ao refletir sobre os perigos dos alimentos transgênicos e sobre os caminhos para uma alimentação mais saudável e sustentável, a nutricionista da Unisinos, Claudia Witt, em entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line, afirma que “os alimentos orgânicos são uma excelente forma de alimentação saudável, pois são livres de agrotóxicos. Esses alimentos contribuem para a saúde das pessoas, prevenindo doenças crônicas não transmissíveis, como o câncer, por exemplo. Mas sabemos que esse caminho ainda está longe de acontecer, pois o plantio desses produtos ainda é muito discutido devido a questões financeiras e de sustentabilidade”.

Claudia Witt é mestranda em Saúde Coletiva na Unisinos e nutricionista do Projeto Alerta da mesma universidade. O Projeto Alerta da Unisinos tem o objetivo de trazer informações sobre diversas áreas da saúde como cuidados com o corpo, importância dos exercícios físicos, alimentação saudável, entre outros assuntos. O blog do projeto é www.unisinos.br/blogs/projeto-alerta/

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Quais os maiores impactos dos transgênicos para a alimentação?

Claudia Witt – Acredito que os produtos transgênicos possam contribuir negativamente para a alimentação das pessoas, pois esses alimentos têm sua estrutura modificada geneticamente em laboratórios, sendo que alguns nutrientes importantes para o organismo não estão presentes na quantidade adequada, além ter a possibilidade de causar algumas alergias e participar no desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como o câncer. Muitas empresas produtoras de agrotóxicos também produzem essas sementes modificadas, as quais são resistentes a estas substâncias, aumentando seu lucro, vendendo pacotes de agrotóxicos + sementes. Os transgênicos têm como característica o fato de que não podem ser replantados, pois não conseguem mais germinar, fazendo com que o agricultor tenha que comprar novas sementes para um novo plantio, em vez de utilizar sementes orgânicas ou crioulas, como muitos agricultores as denominam.

IHU On-Line – Como seria um uso “adequado” de agrotóxicos?

Claudia Witt – Acredito que, se os agrotóxicos fossem utilizados nas quantidades adequadas, sem extrapolar seus limites, e que obviamente fossem utilizados apenas os que são permitidos pelos órgãos competentes, afinal hoje existem substâncias proibidas e que ainda são administradas nas lavouras, os problemas decorrentes do seu uso seriam reduzidos.

IHU On-Line – Quem é mais prejudicado pelos agrotóxicos: os próprios agricultores ou os consumidores?

Claudia Witt – Na verdade, os dois são prejudicados, pois todos estão expostos a estas substâncias. Os agricultores estão mais expostos, porque são eles que administram os produtos nas lavouras e porque, de certa forma, se obrigam a utilizá-los para poder conseguir financiamento e conseguir seu sustento através da agricultura. Mas a população em geral está ingerindo esses alimentos diariamente, os quais estão contaminados, causando riscos à saúde. Muitas vezes a população não é alertada sobre essas questões e desconhece os perigos dessas substâncias.

IHU On-Line – Quais são os alimentos mais contaminados pelo uso de agrotóxicos?

Claudia Witt – Segundo a Anvisa, vários alimentos contêm grande quantidade de agrotóxicos. Entre os que mais contêm estão: pimentão (80%), uva (56,4%), pepino (54,8%), morango (50,8%), couve (44,2%), abacaxi (44,1%), mamão (38,8%), alface (38,4%), tomate (32,6%) e beterraba (32%).

IHU On-Line – Que tipo de doenças pode acometer as gerações futuras em função do uso de agrotóxicos na alimentação?

Claudia Witt – Essas substâncias têm papel importante no desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis, como o câncer, problemas reprodutivos, neurológicos e de desregulação hormonal.

IHU On-Line – Quais os caminhos para a produção de alimentos saudáveis?

Claudia Witt – Os alimentos orgânicos são uma excelente forma de alimentação saudável, pois são livres de agrotóxicos. Esses alimentos contribuem para a saúde das pessoas, prevenindo doenças crônicas não transmissíveis, como o câncer, por exemplo. Mas sabemos que esse caminho ainda está longe de acontecer, pois o plantio desses produtos ainda é muito discutido devido a questões financeiras e de sustentabilidade.

IHU On-Line – Como você vê a agroecologia?

Claudia Witt – A agroecologia é uma maneira de proporcionar alimentos produzidos em uma agricultura ecologicamente sustentável, justa e viável, ou seja, respeitando a natureza, a ecologia, onde esta produção seja socialmente justa com as diversidades culturais e economicamente viável para a vida dos agricultores no campo e para o consumo da população. Acho que esta proposta deve ser difundida no país, visto que nosso meio ambiente está sofrendo devido a várias mudanças climáticas, e tornar a produção de alimentos mais sustentável pode ser um meio de reverter muitos problemas ambientais. A agroecologia também tem como foco a segurança alimentar, ou seja, os alimentos devem trazer benefícios à saúde e satisfazer as necessidades diárias de nutrientes em quantidade e qualidade adequadas.

IHU On-Line – Podemos conceber a possibilidade de alimentar todo o povo brasileiro com alimentos orgânicos?

Claudia Witt – Acredito que possa ser possível. Para isso o caminho a ser percorrido ainda é muito longo, uma vez que a população brasileira é muito grande e a tendência é aumentar. Então teremos que ter políticas muito fortes para realizarmos mudanças.

IHU On-Line – Como podemos conceituar a soberania alimentar?

Claudia Witt – Soberania alimentar é quando um país tem condições para garantir a segurança alimentar de sua população, respeitando as características e diferenças culturais do seu povo, isto é, garantir o direito a todo o ser humano a uma alimentação e nutrição adequada tanto em quantidades como na qualidade.

(IHU On-Line)

Quase todas as cidades brasileiras têm rede de água, mas em 41% delas, nada sai das torneiras

Rio de Janeiro – Embora o serviço de abastecimento de água já beneficie quase todas as cidades brasileiras (99,4%), quase um quarto (23%) delas ainda sofre com racionamento. Em 41% dos municípios que contam com rede de distribuição, o desabastecimento dura o ano todo, motivado, principalmente (66%), por secas ou estiagem.

A informação consta do Atlas do Saneamento 2011, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O documento dá uma dimensão territorial às informações da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico de 2008 (PNSB 2008), apresentada no ano passado.

Os dados também revelam desigualdades em termos de abastecimento entre as regiões. Em 2008, dos 5.564 municípios do país, 33, concentrados no Norte e no Nordeste, ainda não dispunham de redes gerais abastecimento de água, sendo 11 na Paraíba. A pesquisa aponta que esse número vem diminuindo ao longo dos anos: de 4,1% em 1998 para 0,6% em 2008.

Ainda segundo o IBGE, em 46,8% dos municípios, o abastecimento de água por rede geral é de responsabilidade de sociedades de economia mista. Em 249, entidades privadas prestam o serviço.

O documento também traz informações sobre o volume diário de água distribuída per capita no país, que segundo o IBGE, é "um bom indicador da eficiência do serviço de abastecimento por rede geral". Em 2008, esse volume foi 0,32 metros cúbicos (m³), o que corresponde ao consumo diário de 320 litros por pessoa, um aumento de 0,12 m³ no volume médio do país em relação a 1989. A Região Sudeste foi a que registrou a maior elevação, com a distribuição média diária de 0,45 m³ per capita em 2008.

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil

Expansão das redes de esgoto não acompanha crescimento da população


Rio de Janeiro - As políticas públicas de saneamento básico, sobretudo as voltadas à implantação e ampliação de redes coletoras de esgotos, não conseguiram, na última década, acompanhar o crescimento demográfico da população brasileira nas áreas urbanas. A falta de sistemas de esgotamento sanitário atinge quase metade (44,8%) dos municípios brasileiros. A Região Norte é a que apresenta a situação mais grave. Apenas 3,5% dos domicílios de 13% dos municípios da região têm acesso à rede coletora de esgoto.

A informação faz parte do Atlas do Saneamento 2011 do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado hoje (19), com base na Pesquisa Nacional de Saneamento Básico de 2008. A pesquisa aponta que, dos serviços de saneamento, o esgotamento sanitário é o que apresenta menor abrangência municipal. Em 2008, 68,8% do esgoto coletado no país recebeu tratamento. Essa quantidade, porém , foi processada por apenas 28,5% dos municípios brasileiros, confirmando acentuadas diferenças regionais. Enquanto 78,4% das cidades paulistas ofertam sistemas de coleta e tratamento de esgotos à população, no Maranhão esse percentual é só 1,4%.

São Paulo é o único estado em que quase todos os municípios aparecem providos de rede coletora de esgoto, com exceção de Itapura (no noroeste do estado). Acre, Amazonas, Alagoas, Minas Gerais e Rio Grande do Sul apresentam taxa inferior a 50% de municípios assistidos.

A maioria dos municípios sem sistema está em áreas rurais e tem população dispersa, menos de 80 habitantes por quilômetro quadrado. Nesses locais, os dejetos são jogados em fossas sépticas, valas a céu aberto, fossas rudimentares ou diretamente em rios, lagoas, riachos ou no mar.

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil

Jardins do Rio


O convite é irresistível. Três dias de festa, ao ar livre, muito verde e uma programação que combina cultura, conhecimento e lazer. Para brindar a Primavera, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico Solidário da Prefeitura do Rio e o Sebrae/RJ realizam no primeiro fim de semana de novembro - dias 4, 5 e 6, sexta, sábado e domingo, respectivamente – a mostra JARDINS DO RIO, de plantas ornamentais cultivadas pelos produtores do Polo de Guaratiba, na Zona Oeste da cidade. 

Em 30 estandes, distribuídos pelos 24 mil metros quadrados do Espaço Verde Vila, na Ilha de Guaratiba, os visitantes poderão apreciar e adquirir várias espécies de plantas ideais para a decoração de ambientes internos e externos, que confirmam a tradição inaugurada nos anos de 1950 por ninguém menos que Roberto Burle Marx, sinônimo de paisagismo no Brasil e no mundo. 

Pois é justamente ali, na região que Burle Marx escolheu para viver e plantar, no entorno do sítio que leva seu nome, e onde hoje se concentram centenas de pequenos produtores de plantas ornamentais, que JARDINS DO RIO acontece, para reunir em uma só rede as muitas pontas desse negócio – produtores, jardineiros, decoradores, arquitetos, artistas e consumidores de um modo geral.

Além de muito verde, o visitante da mostra que quiser dicas de como melhor combinar arranjos, poderá buscar inspiração nos três diferentes ambientes especialmente planejados pelos escritórios de paisagismo das arquitetas Cecília Castro, Amélia Portela e Maria Amélia de Souza. Os interessados em jardinagem vão encontrar no estande da empresa Rio Verde, especializada em ferramentas e acessórios do ofício, tudo que precisa para iniciar uma nova prática - pás, ancinhos, mangueiras, vasos, correntes, ganchos e xaxins. E como onde tem jardim tem mesa, cadeira, poltrona e balanço, o evento terá um estande da Trançarte, com opções de móveis em alumínio, junco e madeira ecológica.

No campo da educação ambiental, JARDINS DO RIO traz uma novidade que promete animar pessoas de todas as idades, em especial as crianças. Criado pela Acceta Consultoria, empresa de Santa Catarina, o Túnel de Agroecossistema, pela primeira vez montado no Rio, proporciona uma experiência ambiental inédita. Em 16 metros de extensão e 4 metros de largura de tendas em lona e material reciclado, recompõe cenários de degradação provocada pelo homem, como caça predatória, queimadas, assoreamento de rios, efeito estufa e enchentes. Ao fim do percurso, o visitante encontra um cenário de equilíbrio e beleza, que destaca as boas práticas de convivência do homem com o meio ambiente.

Nos três dias da mostra, os visitantes terão a oportunidade de aprofundar conhecimentos e práticas nos campos da botânica, da jardinagem e do meio ambiente. Na programação de palestras, destacam-se temas como paisagismo e sustentabilidade, a bromélia no ecossistema e a história do Sítio Burle Marx. E pra quem gosta de botar a mão na massa – ou na terra - as oficinas de arranjos florais e arranjos de plantas ornamentais prometem bons momentos.

Com entrada franca, JARDINS DO RIO contará, no Espaço Gourmet, com o sabor da tradicional culinária da região, famosa pelos frutos do mar, a cargo de três restaurantes do vizinho Polo Gastronômico de Barra de Guaratiba, capitaneados pela cozinha da Tia Penha. A iniciativa do Programa Polos do Rio é uma realização do Sebrae/RJ e da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Solidário, com o apoio do Banco do Brasil.

Rio dá início a novo programa de aluguel de bicicletas


Óleo sobre tela -Bicicletas azuis, 2004 - Inha Bastos (Brasil 1949)
A Prefeitura do Rio, em conjunto com a empresa concessionária Serttel, e parceria do Itaú, iniciará nesta sexta-feira, dia 28/10, o programa Bike Rio de aluguel de bicicletas. Ao todo serão instaladas 60 estações de aluguel de bicicleta em 14 bairros da cidade até 13 de dezembro. Já nesta sexta-feira serão entregues 11 estações em Copacabana: Posto Seis, Sá Ferreira, Miguel Lemos, Cantagalo, Santa Clara, Dias da Rocha, Serzedelo Correia, Siqueira Campos, Copacabana Palace, Cardeal Arcoverde e Princesa Isabel.
"Hoje é um dia muito importante para a cidade. Esse projeto tem uma relação direta com o esforço da prefeitura de reduzir a emissão de gases do efeito estufa. Hoje temos dois grandes vilões. O lixo, e para isso já estamos trabalhando no caminho certo desde que inauguramos o centro de tratamento de resíduos, e o maior deles - o transporte. Com esta iniciativa aqui ajudamos não só a aumentar ainda mais o charme desta cidade, como também melhoramos a questão da sustentabilidade e da mobilidade urbana. Outro esforço nosso tem sido aumentar a malha cicloviária e que vamos dobrar até o final do ano que vem, chegando a 300 km". 

A partir de dezembro 600 bicicletas estarão disponíveis em pontos estratégicos nos bairros de Botafogo, Catete, Centro, Copacabana, Cosme Velho, Flamengo, Gávea, Humaitá, Ipanema, Jardim Botânico, Lagoa, Laranjeiras, Leblon e Urca. As estações funcionarão alimentadas por energia solar. Novas travas e pinos de fixação reforçam o sistema de segurança, para dificultar o furto das bicicletas. 

As bicicletas estarão à disposição dos usuários todos os dias da semana, de 6h às 22h. Para usar o sistema compartilhado, é preciso preencher um cadastro pela internet (htt://www.movesamba.com.br) e adquirir o passe Samba. O usuário pode optar pela mensalidade de R$ 10,00 ou a diária de R$ 5,00 e não vai precisar pagar nenhum valor adicional desde que sejam respeitadas as seguintes regras: A bicicleta pode ser usada por 60 minutos ininterruptos e quantas vezes por dia o usuário desejar. Para isto, basta que após os 60 minutos, o usuário estacione a bicicleta em qualquer uma das 60 estações, por um intervalo de 15 minutos. 

As estações são interligadas por sistema de comunicação sem fio, via rede GSM e 3G, permitindo que as 60 estações de bicicleta estejam conectadas com a Central de Controle Samba 24 horas por dia. A Central irá monitorar em tempo real toda a operação do sistema, garantindo a melhor distribuição das bicicletas nas estações, e realizará atendimento dos usuários via celular e call center. O projeto também contará com oficina de manutenção para montagem e recuperação dos equipamentos e veículos especiais para distribuição das bicicletas. Para destravar a bicicleta, o usuário terá que fazer ligação do telefone celular ou interação pelo aplicativo para smartphones. 

As bicicletas, desenvolvidas pela Samba Transportes Sustentáveis, tem fabricação 100% nacional, pesam em torno de 15 quilos, possuem quadro em alumínio com design diferenciado, três e seis marchas, selins com altura regulável, guidão emborrachado, acessórios de sinalização e sistema de identificação e trava eletrônica. 

“Valorizar a bicicleta como meio de transporte sustentável é o principal objetivo do projeto Bike Rio, contribuindo, assim, para a redução dos engarrafamentos nas áreas centrais das cidades e para a integração com outros meios de transporte, como metrô e ônibus, facilitando a mobilidade urbana. Vale destacar também que a bicicleta foi eleita pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o transporte ecologicamente mais sustentável do planeta e o seu uso no dia a dia colabora para a diminuição da poluição nos grandes centros urbanos”, ressalta Angelo Leite, presidente da Serttel. 

“O Itaú mantém relação de longa data com o Rio de Janeiro e acreditamos no potencial socioeconômico da cidade. O objetivo do banco ao patrocinar o projeto Bike Rio é justamente contribuir para o desenvolvimento sustentável do município, além de cooperar com a melhoria da infraestrutura para os eventos que o Rio de Janeiro receberá nos próximos anos, como o Rio+20 e a Copa do Mundo FIFA 2014”, afirma Zeca Rudge, vice-presidente executivo do Itaú Unibanco. 

O projeto Bike Rio se soma ao objetivo estratégico da Prefeitura de incentivar o uso de bicicleta como transporte alternativo. O projeto foi idealizado para que os usuários possam percorrer trajetos utilizando a bicicleta no percurso completou ou integrando com outros modais de transporte. Nesse momento, a Prefeitura do Rio investe na expansão da malha de ciclovias da cidade que passará a ter 300 quilômetros até o final de 2012. 

Serviço:

Site para acesso dos usuários: http://www.movesamba.com.br
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Crédito da foto: Gustavo Rambini

sexta-feira, 28 de outubro de 2011


Brasil reciclou 97,6% de latas de alumínio produzidas em 2010

28/10/2011 10:40 - Portal Brasil
O Brasil reciclou 97,6% das latas de alumínio produzidas para embalagens de bebidas em 2010, um total de 239 mil toneladas de sucata, o equivalente a mais de 17 bilhões de unidades de latas. De acordo com a Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas), que divulgaram nesta quinta-feira (27) os resultados, os números de 2010 mostram crescimento de 20,3% na reciclagem e de 21% na produção, em comparação com 2009.
O índice mantém o Brasil na liderança da reciclagem de latas de alumínio para bebidas. No mesmo período, o Japão reciclou 92,6% da produção e a Argentina, 91,1%. Nos Estados Unidos, o índice foi 58,1%, mas o volume de produção é muito maior, cerca de 100 bilhões de latas por ano.
Em 2010, a reciclagem de latas no país movimentou cerca de R$ 1,8 bilhão. Desse total, R$ 555 milhões foram injetados diretamente na coleta. De acordo com o empresariado, o volume de latas de alumínio coletado em 2010 equivale à geração de pelo menos 251 mil empregos no setor.
As entidades também apresentaram os resultados da Greendex 2010, pesquisa feita anualmente pela National Geographic desde 2008 sobre consumo ambientalmente sustentável no mundo. O Brasil ficou em segundo lugar entre 17 nações, atrás apenas da Índia. Segundo o diretor executivo da Abralatas, Renault Castro, deve-se comemorar o resultado, mas com ressalvas.
“Comemoramos porque a base do nosso consumo é mais sustentável do que a de muitos países, mas alguns índices são reflexo do estágio de desenvolvimento econômico do país”, disse Castro, referindo-se a dados da pesquisa como o que mostra que os brasileiros se locomovem mais do que a média mundial por meio de transportes públicos e considerando que essa tendência pode se inverter caso não sejam feitos investimentos governamentais nesse tipo de locomoção.
Para avaliar o consumo sustentável das populações dos 17 países – entre eles a Argentina, Austrália, os Estados Unidos, a China, o México, a Inglaterra, Rússia, o Japão, Suécia e Alemanha – a pesquisa entrevistou 17 mil pessoas sobre itens como moradia, transporte, alimentação, energia e atitudes.
No quesito moradia, os brasileiros conquistaram o primeiro lugar, que considera o número de quartos nas casas, a tendência de ter aquecedores e ar-condicionado e o uso de eletricidade “verde”, principalmente pelo uso de energia hidrelétrica, entre outras fontes renováveis. A pior colocação brasileira foi a do quesito alimentação, com a 16ª colocação, graças ao baixo consumo de frutas e legumes e à ingestão de carne em maior quantidade que outras nacionalidades. No consumo de carnes, o Brasil se iguala à Argentina.
“Essas pesquisas podem ajudar a orientar políticas públicas”, disse Castro. “A atitude do brasileiro mostra uma evolução. Notamos, por exemplo, o aumento da preocupação com as embalagens dos produtos".

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Triângulo do Lixo Hospitalar


O empresário titular da empresa Na Intimidade Ltda, e dono das lojas “Império do Forro de Bolso”, criou o “Triangulo do Lixo Hospitalar” em Pernambuco. Nas cidades de Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Caruaru, no Agreste Pernambucano, o empresário Altair Teixeira de Moura estabeleceu as suas unidades de confecção.

A especialidade desse empresário pernambucano é o forro de bolso para calças jeans, calças de ternos, e para bermudas de crianças e adultos. Como o tecido de forro de bolso não aparece, e certamente como insumo é o mais barato na linha de produção de peças do vestuário, a importação de “tecidos de algodão com defeito” – lixo hospitalar – era o mais lucrativo para o empresário.
















Desde o ano de 2009, que a empresa Na Intimidade Ltda importa “tecidos de algodão com defeito” dos Estados Unidos. As autoridades rastrearam as importações da Na Intimidade LTDA e somente em 2011 apontam que essa empresa importou 22 containeres contendo “tecidos de algodão com defeito”.  Dois desses containeres importados pela Na Intimidade Ltda foram apreendidos na semana passada pela Receita Federal no porto de Suape, e somam 46,6 toneladas de lixo hospitalar.
















Agentes de fiscalização da Anvisa e Ibama e a delegada que conduz as investigações, localizaram entre a última sexta-feira (14/10) e essa segunda-feira (17/10) o total de 38 toneladas de lixo hospitalar dentro das unidades da empresa Na Intimidade Ltda, instaladas nos municípios pernambucanos de Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Caruaru.

Alguns milhares de kilos de lixo hospitalar estavam prontos para entrarem na mesa de corte e serem magicamente transformados em forro de bolso, os quais seriam colocados no mercado brasileiro e nas unidades “Império do Forro de Bolso”, incluindo a loja virtual que a empresa mantinha na internet. Outros milhares de kilos de forro de bolsos já estavam prontos e aguardavam em um depósito os seus destinos.

A importação de lixo hospitalar dos Estados Unidos já soma 84,6 toneladas (46,6 apreendidas no porto de Suape e mais 38 nas unidades da empresa).


Entre as estratégias de venda do forro de bolso, o empresário utilizou um site na internet para alavancar seu negócio. A empresa Na Intimidade Ltda mantinha uma loja virtual denominada Império do Forro de Bolso no endereço da internetwww.forrodebolso.com.br.


No site, Moura dizia que “vendemos forro de bolso para calça e bermudas, jeans, brim, social sob suas medidas, também temos forro com medidas padrão. Despachamos para todo o Brasil e podemos exportar também. Tecido 50% algodão e 50% poliester, branquiado já pré-lavado. Otimize sua produção comprando o forro do bolso de suas confecções já cortadas sob suas medidas. Preços especiais para EXPORTAÇÃO.”


O empresário é experiente na importação de tecidos. Entre 2001 e 2011 sempre esteve a frente de duas empresas de confecções que importavam tecidos Estados Unidos.

E sabe-se agora que Altair Moura também domina o comércio da exportação. Por meio de sua primeira empresa (deixou a sociedade em 2009) exportou seus produtos para a Angola entre os anos de 2002 e 2009.
Dados na internet mostram os negócios das exportações desse empresário pernambucano que importou lixo hospitalar dos Estados Unidos.

Moura chegou a declarar numa determinada época, que “a cada três meses, um contêiner embarca com um volume de 100 mil e 200 mil peças produzidas no interior pernambucano”.

Tudo começou a partir de uma feira da África do Sul, em 2000. “Fui convidado para expor os meus produtos. No final do evento, descobri que as pessoas de lá não eram meu público, mas que poderia me dar muito bem em Angola”, relembra Altair Moura.














O mais incrível são os princípios declarados pelo empresário que importou lixo hospitalar, e publicados no site da loja virtual que mantinha na internet.

MISSÃO - CONSTRUINDO NOSSO FUTURO:

Desenvolver e comercializar produtos inovadores, de alto valor percebido, com qualidade e rentabilidade classe mundial e criação de valor para funcionários, fornecedores e clientes, atuando com responsabilidade social e ambiental.

PRINCÍPIOS QUE NOS GUIAM:

Ética: Integridade, honestidade, transparência e atitude positiva na aplicação das políticas internas e no cumprimento das leis.

Informações revelam que somente a empresa Na Intimidade Ltda, desde 2009 até a presente data, teria importado 60 (sessenta) containeres de “tecidos de algodão com defeito”. Se confirmarem as informações de importação é preciso saber o destino dos forros de bolso dados pelo empresário pernambucano. Seriam 1.398 toneladas de lixo hospitalar importadas dos Estados Unidos (para conhecimento do leitor a cidade de Porto Alegre produz algo perto de 1.500 toneladas de lixo por dia).


















Com o lixo hospitalar vindo dos  Estados Unidos, o empresário poderia confeccionar 1.398.000 kilos de forro de bolso. Se considerarmos o preço de R$ 14,00 por kilo de forro de bolso anunciado no site da loja virtual Império, o faturamento da Na Intimidade Ltda, de titularidade do empresário pernambucano, poderia chegar ao milionário valor de R$ 19.527.000,00 com a importação lixo hospitalar dos Estados Unidos nos últimos 3 anos.
Fonte: Garbage