Dou-lhe às boas vindas

Terra, Nosso Lar

A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, está viva com uma comunidade de vida única. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida.

A capacidade de recuperação da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todas as pessoas. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado. (Carta da Terra)

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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Abaixo-assinado CONTRA O PROPOSTA DA EMENDA À CONSTITUIÇÃO nº 53 EXTINÇÃO DO INSTITUTO DO TERRENO DE MARINHA

Abaixo-assinado CONTRA O PROPOSTA DA EMENDA À CONSTITUIÇÃO nº 53 EXTINÇÃO DO INSTITUTO DO TERRENO DE MARINHA

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Um oásis para os desertos

A Década das Nações Unidas para os Desertos e a Luta contra a Desertificação busca criar consciência e desenvolver planos de ação para proteger essas áreas entre 2010 e 2020.
Uma desertificação intensa afeta ou ameaça aproximadamente um bilhão de pessoas em cerca de cem países. São as atividades humanas que levam à proliferação destas terras áridas e não cultiváveis.
A Década foi declarada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, e lançada oficialmente no dia 16 em Londres, sede de numerosas organizações não governamentais, grupos de especialistas e outras entidades dedicadas a combater a degradação dos solos e promover a sustentabilidade dos desertos. Pesquisadores, ativistas e políticos se reuniram para compartilhar conhecimentos, estratégias e perspectivas sobre a crise e trabalhar no contexto do lema “Uma Década, Tempo Suficiente para Mudar”.
Após a decepção da 16ª Conferência das Partes (COP 16) da Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climática, realizada de 29 de novembro a 10 de dezembro em Cancun, no México, e do fracasso de incontáveis tratados internacionais para acabar com a degradação da terra. A Década dá à comunidade internacional a oportunidade de agir de imediato. Um em cada três habitantes do planeta vive em terras desérticas.
Vários dos assuntos mais graves do mundo – desde biodiversidade e produção de alimentos até energia – convergem nessas regiões. Elas são um santuário antigo e natural para algumas das espécies mais exóticas de fauna e flora. Segundo informes da Década, “uma em cada três variedades cultivadas atualmente tem suas origens ali”. Além disso, são o sustento da metade dos animais do mundo. Os pobres da China, África subsaariana e Ásia central são os que atualmente suportam a carga mais pesada da desertificação.
A rede britânica BBC informou no ano passado que a desertificação nessas áreas pode forçar a saída de até 50 milhões de pessoas até 2020. Os especialistas afirmam que já não se pode ignorar a crise das migrações maciças, dos deslocamentos internos e dos refugiados do clima, que fogem de secas e da fome. A estreita relação entre preservação de biodiversidade e segurança humana foi colocada em destaque na apresentação europeia da Década.
Nós trabalhamos nas terras desérticas da Europa oriental e da Ásia central, e ali a biodiversidade está muito vinculada ao uso da terra. As atividades humanas nestas áreas têm um enorme impacto sobre a vida dos animais, entre eles as aves, especialmente pela criação de gado, pastagens excessiva e agricultura”, disse à IPS Johannes Kamp, da Royal Society for the Protection of Birds (Real Sociedade para a Proteção das Aves).
Assim, para preservar a biodiversidade nestas áreas é preciso comprometer a população e começar a falar seriamente sobre sustentabilidade”, destacou Johannes. Apesar de todo nosso ecossistema depender de um delicado equilíbrio entre mangues e terras desertas, a agricultura industrializada foi e é a maior causa da desertificação no mundo, acrescentou.
O secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas de Luta contra a Desertificação, Luc Gnacadja, disse à IPS que “a mudança climática é uma das principais causas de conflito político, desde Iraque até Afeganistão”. As “crises nestas regiões não são acidentais. São causadas por condições de vida miseráveis e pela falta de acesso a terras produtivas e água. Sem dúvida, uma batalha em torno destas necessidades leva a conflitos”, acrescentou.
Como ocorre com a maioria das outras catástrofes relacionadas com o clima, as minorias étnicas do mundo, comunidades nômades ou outras pobres e marginalizadas, são as que pagam o preço mais alto por um problema que não criaram. Para isso, é absolutamente imperativo que a Década permita que as ideias, estratégias e informação sobre a desertificação fluam diretamente, da sociedade civil para a esfera da elite política, disse Luc.
Aqui os atores não são as corporações, nem mesmo os governos. São os agricultores, os criadores de gado, quem vive e trabalha nas áreas áridas”, afirmou o secretário. “Deve-se permitir que eles comuniquem suas ideias sobre o que funciona e o que não funciona”, concluiu. Não está claro, porém, até que ponto serve a existência de programas esporádicos para abordar uma desertificação tão execrável. Ao que parece, é necessária uma mudança radical e mais integral nas condições econômicas e sociais para abordar realmente este problema.
A revolução industrial e o avanço da urbanização foram os primeiros fatores que levaram à atual degradação do solo”, disse Luc à IPS. “Os seres humanos causaram mais danos à Terra nos últimos 50 anos do que em toda a história. É possível que até 2050 tenhamos que aumentar em 70% a produção alimentar. Devemos reverter essa tendência. Devemos agir agora para a próxima geração”, ressaltou. Envolverde/IPS

Fonte: Terra Gaia

ESA: o novo mapa da cobertura vegetal da Terra

Agência Espacial Europeia (ESA) acaba de disponibilizar a versão atualizada (2009) do mapa da cobertura vegetal da Terra. A imagem foi gerada utilizando dados coletados entre 1º de janeiro e 31 dezembro de 2009 por meio do sistema Envisat's Medium Resolution Imaging Spectrometer (MERIS).
A legenda do mapa utiliza o sistema de classificação de cobertura vegetal da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Créditos: ESA 2010 e Université Catholique de Louvain

Planta amazônica pode tornar-se matéria-prima de medicamento

Está em desenvolvimento na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP um anti-inflamatório proveniente do óleo da copaíba, árvore encontrada em todo o Brasil, mas com maior concentração na Amazônia.
Os índios brasileiros já utilizavam o óleo como remédio antes da chegada dos portugueses e, ainda hoje, é muito fácil encontrá-lo em feiras ou lojas de produtos naturais ou fitoterápicos. Popularmente, atribui-se ao óleo as propriedades anti-inflamatória, antimicrobiana e cicatrizante. Por enquanto, ao menos a primeira foi comprovada há alguns anos pelo estudo da FCFRP, coordenado pelo professor Osvaldo de Freitas. Atualmente, o professor pesquisa a formulação de um medicamento à base da planta.
Freitas explica que mesmo após comprovada a capacidade anti-inflamatória, há muitos passos antes de produzir algo que possa ser comercializado. “Medicamento é diferente de remédio. Como remédio, o óleo de copaíba já é usado, mas medicamento precisa passar por vários testes científicos, ser registrado pela Anvisa”, diz.
A formulação do medicamento, desenvolvida em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e com a Health, empresa farmacêutica privada da cidade de Indaiatuba, já foi aprovada para uso em animais e deve começar a ser testada em seres humanos (testes clínicos) em breve, assim que houver financiamento.
Fiscalizações
Freitas acredita que dentro de quatro ou cinco anos o produto poderá ser comercializado — fatores como financiamento para os estudos e a autorização dos órgãos competentes influenciarão no processo. Isso porque a fabricação em escala comercial de um medicamento dependeria da atividade extrativista. Porém, como a extração do óleo pode ser feita sem derrubar as árvores, o professor garante que não causaria nenhum dano. “O impacto ambiental é positivo porque é um incentivo para que a florestas fiquem de pé e continuem fornecendo a matéria prima”, destaca.
Cabe ao Ibama, além de avaliar o impacto ambiental, decidir se o medicamento estaria na categoria de Patrimônio Genético e de Conhecimento Tradicional Associado, mecanismo criado para evitar a biopirataria. Se for julgado assim, parte do lucro obtido com a possível futura venda do produto iria para a comunidade de produtores do óleo da região amazônica.
Depois que o desenvolvimento do anti-inflamatório for concluído, o grupo de pesquisa continuará estudando o óleo de copaíba, mas para tentar comprovar outra característica que lhe é atribuída, a antimicrobiana.
Mais informações: email ofreitas@fcfrp.usp.br