Dou-lhe às boas vindas

Terra, Nosso Lar

A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, está viva com uma comunidade de vida única. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida.

A capacidade de recuperação da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todas as pessoas. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado. (Carta da Terra)

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Por um Mundo melhor para todos

sábado, 31 de julho de 2010

Mc Lanche Feliz proibido em cidades dos EUA

Hoje é um dia triste na vida do Ronald Mc Donald: o Mc Lanche Feliz foi proibido em partes do condado de Santa Clara, na Califórnia.



Aliás, não só ele: as chamadas “Happy meals” de qualquer rede de fast food serão banidas caso os restaurantes não atendam às novas regras nutricionais aprovadas na terça-feira por uma junta do condado. A medida passa a valer em 90 dias. Se as redes não adequarem os lanches que vêm com brinquedos aos novos parâmetros, terão que parar de vendê-los.


A notícia que saiu no LA Times enfatizava que a decisão foi tomada para “evitar que os restaurantes se aproveitem do amor das crianças por brinquedos (…). A medida quebra a ligação entre comidas que não são saudáveis e prêmios”.
Lá também está a opinião de gente contrária, que diz que cabe aos pais controlar a alimentação dos filhos e não se deixar dobrar pela vontade da criança de ter o brinquedo.

Bicicleta dobrável

Quem anda de bicicleta geralmente tem alguns problemas de locomoção pelas grandes cidades – mas uma das dificuldades encontradas não acontece quando se está pedalando, mas sim parado. Afinal: onde estacionar a sua magrela?



São poucos os lugares que possuem local apropriado para prendê-la e que permitem passar o cadeado de forma adequada. Foi justamente isso que o estudante de 21 anos Kevin Scott tentou resolver quando criou essa bicicleta dobrável. Aluno da Universidade Montfort, na Inglaterra, ele conseguiu o 2º lugar em um concurso de design (Business Design Centre New Designer of the Year Award) pela ideia.


A bicicleta possui um sistema que a permite ser flexível e resistente – mas não ao mesmo tempo. Basta empurrar uma alavanca que os canos se tornam dobráveis, permitindo que você a enrole em qualquer poste e passe a corrente.

Em um comunicado da Universidade, Scott disse que pretende usar as 500 libras do prêmio para aperfeiçoar o protótipo – e, quem sabe, entrar para a indústria de design de bicicletas.









Quer fazer diferença no domingo? Faça 350

SÃO PAULO – No dia 24 de outubro, Dia Internacional da Ação climática, a organização 350.org  pede para que você também se movimente para fazer a diferença. A ideia da entidade é simples: que pessoas do mundo inteiro organizem movimentos em que o número 350 seja colocado em evidência.

Por que 350? Este é o número que cientistas consideram ser o limite máximo de segurança para a concentração de dióxido de carbono na atmosfera. Enquanto as concentrações de CO2 se mantivessem acima das 350 partes por milhão, os efeitos das mudanças climáticas continuarão aparecendo. Atualmente, a concentração atmosférica de CO2 é de 390 ppm.


A meta é mobilizar a população do mundo inteiro, e quem sabe exercer alguma pressão nos líderes que participarão da COP15, a conferência das Nações Unidas para mudanças climáticas em dezembro.

Quem quiser participar, é convidado pela entidade a organizar um evento em sua cidade, fotografá-lo e enviar o material para a petição visual que a organização está criando. Vale qualquer coisa: passeios de bicicleta, caminhada, concertos, festivais, plantação de árvores, protestos…

No site (com versões em 16 línguas, inclusive portugês) você encontra um mapa mundial com todas as ações já programadas por voluntários. Basta clicar sobre o país desejado, depois sobre o estado ou região até chegar na sua cidade. Há também mais fotos e ferramentas para você incluir o seu blog  ou site na campanha.

Quem tiver alguma ideia, pode cadastrá-la também (é bem fácil o processo) e ela passa a fazer parte do mapa. Nas imagens que ilustram este post, há dois exemplo bem distintos da campanha 2007: duas amigas, na barreira de corais, colocaram o 350 em uma simples pranchinha, enquanto centenas de jovens formam o símbolo na Polônia, durante o encontro das Nações Unidas para mudanças climáticas. (Crédito das fotos: Flickr/350.org)

Garrafa de COCA com o novo design

Antes de estranhar o formato quadradinho, que lembra uma tetra-pak, preste atenção nos detalhes.
A boca foi colocada em um canto, o que facilita para quem quer tomar direto do gargalo – e a quantidade de refrigerante dentro continua a mesma.
No entanto, essas garrafas transformam a estrutura curvilínea da Coca-Cola (e da maioria dos refrigerantes) em cúbicas, permitindo um ganho de espaço em armazenamento em transporte.
Todas as medidas da nova garrafa também foram pensadas para se encaixarem nas máquinas de venda de refrigerante e geladeiras já existentes.
Boa surpresa também é saber que um projeto bem pensado (e bonito) como esse surgiu como trabalho de faculdade do designer Andrew Seunghyun Kim. Será que a Coca Cola teria interesse em investir nesse tipo de mudança?

Copo comestível



Uma boa alternativa para os copinhos plásticos: recipientes comestíveis.
Os Jelloware são completamente feitos de Agar-agar, um tipo de alga, e vêm em diferentes sabores.
Com sua consistência firme, eles servem perfeitamente para armazenar uma bebida e, caso você não seja muito fã de gelatina, é só jogar na grama que o copo serve como adubo para as plantas.
A ideia é do pessoal do Thewayweseetheworld.

Entrevista com a Auditora Fiscal sobre o banimento de Amianto

O amianto é o nome comercial genérico para uma variedade fibrosa de seis minerais metamórficos naturais utilizados em produtos como telhas, caixas d`água, coberturas de edifícios, vestimentas e revestimentos à prova de fogo, isolamento térmico, entre outros. Trata-se de um material com grande flexibilidade e resistência tênsil, química, térmica e elétrica, mas que pode causar câncer tanto nos trabalhadores que lidam diretamente com essas fibras quanto na população que adquire produtos com amianto.
O debate acerca do banimento do amianto já existe há muitos anos, mas a articulação entre    empresas e sindicatos deste setor conseguiu, em grande parte, manter a utilização do mineral. Porém, estados como São Paulo já criaram leis proibindo a produção e comercialização de materiais com essa variedade fibrosa. "Em São Paulo, há dois grupos empresariais que ainda insistem em descumprir a lei. Nós já interditamos estas empresas, mas eles recorrem na Justiça. As duas já desenvolveram tecnologia substitutiva ao amianto, mas continuam querendo lucrar o máximo que podem com o mineral. Elas sabem que, assim que passarem a utilizar a nova tecnologia, os preços ficarão competitivos", diz Fernanda Giannasi que luta há 25 nos contra o amianto. Em entrevista à Instituto Humanitas Unisinos On-Line, por telefone, a engenheira civil e auditora-fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego, narrou sua trajetória de luta e analisou a situação atual do Brasil em relação ao banimento e aos substitutos ao amianto. O IHU On-Line é um website da Universidade do Vale do Rio dos Sinos de São Leopoldo/RS, que aborda questões de debate cultural dentro dos eixos: ética, trabalho, sociedade sustentável, mulheres como sujeito sociocultural e teologia pública.
IHU On-Line - Você luta há 25 anos contra o amianto. Como você se inseriu nessa luta?
Fernanda Giannasi - Em 1986, fui aprovada em um concurso público para o cargo de Auditora Fiscal. Na época, podíamos atuar em três áreas: engenharia, medicina e direito. Eu vinha da área de pesquisa na área de engenharia de materiais, e, por coincidência, atuava no Instituto de Pesquisas Tecnológicas, onde faziam pesquisas sobre a substituição do amianto. No final dos anos 1980, a própria Eternit, que hoje luta para manter o amianto, realizava pesquisas com diversas fibras que poderiam substituí-lo, porque já existia uma indicação que poderia banido. Quando eu entrei no Ministério do Trabalho, fiquei surpresa com a demanda que vinha para a fiscalização em relação ao amianto. Com isso, eu e um colega médico resolvemos mudar a dinâmica e, ao invés de ficar analisando processos de protocolo, começamos a reunir dados para identificar os riscos do ambiente de trabalho e, é claro, que o amianto saltou aos olhos. Havia, nesse período, uma discussão internacional pelo banimento do amianto, existia um fórum na Organização Internacional do Trabalho - OIT que debatia se o mineral deveria ser proibido ou se era possível utilizá-lo controladamente. Com esses dados concretos em mãos, passamos a fiscalizar as empresas de São Paulo.
Eu tenho uma convicção muito grande que, ao longo destes anos, fomos amadurecendo com os debates. Não foi uma coisa assim: "baniram lá fora e temos que banir no Brasil". É uma trajetória de 25 anos de luta. Quando começamos esse trabalho contra o amianto, o Brasil não tinha tecnologia, não tinha trabalhadores organizados, tinha sindicatos já comprometidos com as indústrias. E nós fomos dialogando com todos os setores, acompanhando a evolução tecnológica. Hoje, eu posso dizer que se o banimento do amianto no Brasil for decretado não vai haver nenhum desabastecimento e ninguém vai ser pego desprevenido. Tenho fiscalizado as empresas do estado de São Paulo que continuam brigando para usar o amianto e elas estão abarrotadas de material para a substituição. Então, não usar mais o amianto é uma questão de vontade política.

IHU On-Line - Quem ainda usa amianto no Brasil?
Fernanda Giannasi - Existem duas questões que precisam ser trazidas para responder a esta questão. Primeiro é a mineração que deixa de existir com o banimento do amianto. E ali existem 600 postos de trabalhos que precisam ser tratados com muita responsabilidade. É preciso fazer uma política de reciclagem e oferta de novos empregos. Em São Paulo, há dois grupos empresariais que ainda insistem em descumprir a lei. Nós já interditamos estas empresas, mas eles recorrem na Justiça. As duas empresas já desenvolveram a tecnologia substitutiva ao amianto, mas continuam querendo lucrar o máximo que podem com o mineral. Elas sabem que, assim que passarem a utilizar a nova tecnologia, os preços ficarão competitivos.
Um exemplo é a tecnologia utilizada para fabricar telhas em cerâmicas. O amianto acaba sendo muito mais barato em comparação aos seus substitutos, como o PVA, o poliprotuleno ou outra fibra de reforço. As indústrias sabem que vão perder o monopólio ou a liderança do mercado de coberturas, mas não querem abrir mão disto. Um terceiro setor que ainda insiste em descumprir a legislação é o de materiais de isolamento térmico. Como o Brasil já não mais produz estes materiais (papelões hidráulicos, gaxetas, juntas), está importando da China. No entanto, não existe uma política federal que impeça isso. O Ministério de Trabalho de São Paulo tem feito uma forte luta nesse ramo do comércio de produtos importados com amianto.

IHU On-Line - Se existem alternativas para o amianto, porque ele ainda é tão utilizado?
Fernanda Giannasi - Em função do custo. Como o Brasil é um grande produtor, o custo fabricação com o amianto é muito menor em relação ao mesmo processo com materiais substitutivos. Além disso, a fábrica que usa amianto não computa os custos sociais e ambientais. Hoje, a comparação é feita "ponto a ponto" e, olhando desta forma, a fibra do amianto custa 30 vezes menos do que uma fibra de carbono ou de vidro, por exemplo. Com este tipo de comparativo, o consumidor e os políticos se assustam, uma vez que, desta forma, os custos de uma edificação parecem aumentar absurdamente. Mas não se pode fazer comparações nestes termos.
O grande apelo que a indústria do amianto tem é o de dizer que o produto dela custa menos e é voltado a um público de menor poder aquisitivo, o que não é verdade. Outra questão: os números astronômicos de empregos que eles dizem gerar. A indústria do amianto diz ter 200 mil postos de trabalho. No entanto, a cadeia produtiva desse mineral gera três mil empregos, sendo que 600 já correm realmente o risco de extinção, uma vez que são aqueles ligados à mineração. A indústria coloca nessa conta os postos de trabalho gerados pela construção civil. No entanto, o trabalhador que monta um telhado pode trabalhar com matérias que utilizam ou não o amianto. A indústria do amianto também contabiliza o emprego do comerciante que vende telhas e caixas d´água. Mas este também não é um emprego gerado pelo setor do amianto. O mesmo ocorre com o caminhoneiro que transporta o material. Esse número inflacionado realmente é um mito.

IHU On-Line - O sindicato que representa a construção civil ainda está ligado à indústria?
Fernanda Giannasi - Venho denunciando há mais de 20 anos essa ligação umbilical dos sindicatos da construção civil com a indústria do amianto. Parte ou a maioria dos sindicatos têm um relacionamento promíscuo com a indústria. Algumas entidades foram criadas pela própria indústria, fato que denunciei à OIT (Organização Internacional do Trabalho) como um crime contra a organização dos trabalhadores. Temos provas de que existe uma ligação entre a Comissão Nacional dos Trabalhadores do Amianto (CNTA) à Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria (CNTI) e que entre elas há um acordo de financiamento das ações pró-amianto. Isso é um crime que fere as Convenções da OIT.
Nós temos dúvidas até sobre o processo de criação destes sindicatos. O que sabemos é que, de fato, eles não têm legitimidade e representatividade, uma vez que são interlocutores das indústrias, fazendo chantagem com os trabalhadores ao afirmar que se o amianto for banido, os funcionários perderão seus empregos. O trabalhador não tem opção, ele tem que optar entre a saúde e o emprego. Assim, enquanto tem saúde, escolhe o emprego. Porém, quando ele perde a saúde a situação fica muito difícil. Por isso, tem aumentado muito o número de associações de vítimas do amianto nos estados.

IHU On-Line - Que exames precisam ser feitos para se detectar que um trabalhador está doente em função do seu contato com o amianto?
Fernanda Giannasi - Esses exames são os preconizados pela própria OIT através da convenção 162. Num primeiro momento, é feito um exame clínico para que se possa saber quais são as queixas que o trabalhador tem. Depois, há a teleradiografia de tórax que mede a capacidade respiratória do funcionário. Estes são os exames preconizados pela OIT que as próprias indústrias devem realizar anualmente com seus funcionários. Quando o trabalhador é demitido, a indústria é obrigada a acompanhá-lo por 30 anos, oferecendo estes exames, mesmo que não haja mais vínculo empregatício, e o custo é da empresa.

IHU On-Line - Como a senhora avalia o trabalho da vigilância dos trabalhadores expostos ao amianto?
Fernanda Giannasi - Embora a lei de 1995 do uso controlável diga que o Sistema Único de Saúde (SUS) deve fazer esta vigilância, a Legislação trabalhista diz que o empregador tem obrigações de fazê-lo. No entanto, ainda não houve de fato um compromisso do Governo brasileiro com esta questão. As vítimas estão aparecendo muito tempo depois de se desligar do trabalho com o amianto. Nós temos alguns centros de excelência, como a Fiocruz e a Fundacentro, que estão acompanhando todas as fábricas que utilizam essa fibra. Agora, ainda falta uma decisão política para que a vigilância seja um programa de governo, onde o Ministério da Saúde possa preparar seus profissionais e seus os centros com os equipamentos para que se possa fazer os diagnósticos. E nós vamos pressionar para que isso se torne realidade.

IHU On-Line - Apesar da proibição e restrição ao uso, uma variação da substância conhecida como amianto branco é produzida e exportada para diversos países. O que é o amianto branco?
Fernanda Giannasi - Na verdade, o amianto conhecido hoje é um conjunto de materiais fibrosos que tem características específicas, como a grande resistência ao calor, a chamas e a produtos químicos. Entre os amiantos, há o amianto branco, o amianto azul, o amianto marrom. Hoje, quem fala que existe diferença entre amiantos é a indústria, porque ela procura a culpabilidade aos outros tipos de amianto para todos os males da humanidade. Mas já há estudos que provam que o amianto branco, que é menos agressivo que o amianto azul e marrom, também causa câncer. Dizer que o amianto azul ou o amianto marrom são os culpados é uma bobagem, o amianto branco também é indutor do câncer. Tanto que a Agência de Pesquisa sobre o Câncer da Organização Mundial da Saúde não faz distinção entre os amiantos, todos eles são reconhecidamente cancerígenos para os seres humanos. Então, esta é uma discussão criada para adiar a decisão do banimento. Qualquer cientista e pesquisador sério sabe que não existe diferença entre os amiantos para o efeito do câncer.
Fonte: IHU On-Line

Lavanderias hospitalares pode expor funcionários a doenças e acidentes

Adaptado de Trabalho em lavanderias hospitalares pode expor funcionários a doenças e acidentes desenvolvido por Sandro A. da Silva. O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) são programas altamente qualificados para promover a harmonia do trabalho com o trabalhador, tendo como respado leis, normas técnicas e outros instrumentos legais. Tanto o PPRA quanto o PCMSO detaca os tipos de trabalhos assim como suas condições físicas e ambientais onde há riscos contra a segurança dos trabalhadores expostos. O PPRA visa a preservação da saúde e da integridade aos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho. O PCMSO tem o intuito de assistir a todos os empregados admitidos pela empresa em toda sua vida útil de trabalho e segue todas as legislações aplicada, incluindo a NR-7.

A importancia desses documentos é muito reelevante para qualquer empresa que ultrapassa todos as fronteiras de trabalho, desde condominimos residenciais, passando-se por lavanderias de hospitais até industrias petroquimicas.

Nesse artigo destacará um estudo de base que envolve as lavanderias hospitalares, onde os funcionários estão expostos a riscos físicos, químicos, biológicos e ergonômicos.
A preocupação com a questão da saúde dos trabalhadores nicho de trabalho (hospital) no Brasil iniciou na década de 70, quando pesquisadores da Universidade de São Paulo enfocaram a Saúde Ocupacional desses profissionais.

Nesse momento verificou-se que grupos ocupacionais de trabalhadores hospitalares relataram queixas de doenças relacionadas com o processo de trabalho, tais como: doenças infecto con tagiosas, lombalgias, doenças alérgicas, fadigas e acidentes do trabalho.

Também foi constatado que as dores nas costas representam um sério e expressivo problema para os trabalhadores de lavanderia hospitalar. Atribuindo como nexo causal para as lombalgias o transpor te e a movimentação de cargas, a postura i na dequada e estática, mobiliário e equipamentos também inadequados. Além dos riscos, é exigido desse trabalhador alta produtividade em tempo limitado, sob condições inadequadas de trabalho, sendo estas relacionadas ao ambiente e aos equipamentos. Essas condições acabam levando a insatisfações, cansaços excessivos, baixa produtividade, problemas de saúde e acidentes do trabalho.

O sistema de lavagem industrial é um serviço que requer grande esforço físico e contato com substâncias químicas. De ve-se ter cuidado ao lidar com essas substâncias, pois elas estão presentes no ambiente em forma de líquidos, gases, vapores, poeiras e sólidos, podendo provocar doenças. A preocupação com o conforto térmico também é evidente e fundamental nas lavanderias, uma vez que a exposição do trabalhador na execução de tarefas em altas temperaturas pode causar doenças tais como a hipertermia, exaustão, desidratação, câimbras e choque térmico.

As consequências dessas exposições podem afetar diretamente os trabalhadores, atingindo-os em seus aspectos físicos e psicológicos e, ainda, pode repercutir nas relações familiares e sociais. As cargas de trabalho a que estão expostos os trabalhadores, quais sejam: químicas, físicas, fisiológicas, biológicas, psíquicas, mecânicas, geram processo de desgaste e os acidentes de trabalho são as mais visíveis mostras desse desgaste. Além destes fatores devem ser destacados a falta de infraestrutura adequada, a escassez de treinamento em serviço, a falta de conhecimento de modos de prevenção, entre outros.

Fonte: Revista Proteção

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Em nome da indústria do entretenimento e da democracia do lazer, tudo é possível...

Embora exista uma bibliografia imensa sobre a história do bairro de Copacabana, e que com o tempo, viu-se o crescimento, a ocupação, e a materialização de um bairro pluralista, pleno de diversidades sócio-espaciais, possuidor de uma identidade própria, o esporte e o turismo que está intrinsecamente envolvido com a solidificação desse processo, no qual a Avenida Atlântica destaca-se neste belo cenário de um cartão postal. A imagem do bairro nos surpreende por seu desenho geográfico. Tranqüila e pacata do início do século passado, ganha novos contornos: a do futuro e a do crescimento acelerado a partir da década de 50. Considerada a praia mais famosa do mundo, cantada e decantada por poemas e versos, e carinhosamente apelidada pela população de Princesinha do Mar, em função da canção, a sua história é um misto de tradição e de boêmia. A homogeneidade e harmonia de seu perfil, desenhada nas pedras portuguesas pelo grande urbanista Burle Marx, há tempos se romperam de maneira drástica, principalmente, a partir do final dos anos 80, quando vieram os efeitos nocivos dos megaeventos, que não deram a chance aos próprios moradores de uma readaptação a uma nova política cultural, o planejamento e a proteção dos recursos paisagísticos e urbanísticos que não levou em conta as suas funções de uso, proteção, recreação, de modo a conseguir um equilibro do seu potencial, as necessidades e demandas da sociedade em que o ambiente turístico não é construído somente sobre alicerces físicos, ou sobre valores materiais mensuráveis por critérios econômicos com um único objetivo de beneficiar interesses privados ligados a musicalidade e das determinações impostas pelas mídia globalizada, federações desportivas e o maior responsável, a municipalidade juntamente com os órgãos públicos estadual e federal.

No passar dos anos, o que era o território livre do carioca, sendo pois, uma área de proteção ambiental, deu-se o direito perpétuo à utilização do espaço público em nome da indústria de entretenimento. E por conseguinte, a orla virou um paraíso dos eventos megas grandiosos, sediando os campeonatos mundiais de futebol de areia, de vôlei, tênis, natação, cross-country, shows nacionais e internacionais que reúnem mais de 1 milhão de pessoas e do maior réveillon do planeta com mais de 2 milhões de pessoas. Mas é em nome do turismo e do entretenimento selvagem que bairros da zona sul, vêm passando por uma série de intervenções que buscam modificar suas formas, incluindo novos conteúdo, isto é, refuncionalizando-os com vistas a atender a demanda da população carente de “cultura”, quando, na verdade, os interesses são meramente como falei antes, econômico, há que ser também, político. Desse modo recria-se num determinado espaço urbano uma nova lógica de uso, não deixando que a própria sociedade crie uma outra dinâmica para este espaço, o proveito é a mercantilização do espaço e da paisagem natural urbana que passa a fazer parte de um espetáculo midiático. Acostumados estamos, que não nos damos conta o quanto às paisagens naturais da cidade do Rio de Janeiro vêm sendo depreciadas pelo poder público, por seus habitantes, usuários nacionais e estrangeiros. Na atualidade, vive-se um verdadeiro "mercantilismo" causado pela desordem que desterritorializa tudo e a todos, inseridos neste tempo da mundialização, que enrijece sujeitos e espaços.

Por conta de se vender o nome e a imagem para o Mundo, o bairro pagou muito caro pela sua fama. E apesar de um recente passado em que se tornou um símbolo de um modelo de urbanização, hoje o bairro que se mostra absolutamente inviável e que se encontra hoje em fase de desvalorização por conta da degradação da qualidade de vida da própria comunidade. E que além dos poucos espaços verdes, das poluições do ar, das areias e de águas marinhas, a desordem urbana e os transtornos que foram impostos a quem reside próximo dos locais que tiveram que conviver com as parafernálias enferrujadas, sujeira, a falta de segurança pública, a poluição sonora e visual, pixações, a extrema dificuldade dos cadeirantes e carrinhos de bêbês em caminharem nos logradouros públicos, a falta de cidadania, a carência de banheiros químicos, alcoolismo, drogas, vandalismo, prostituição, agressões aos idosos, a grande quantidade de lixo e de dejeto que se recolhem nas areias e águas poluídas, badernas, assaltos, ambulantes com suas inúmeras barracas de venda de alimentos e bebidas sem a presença da vigilância sanitária, depredação do patrimônio público e particular, problemas neurológicos e auditivos provocados por geradores de ruídos, veículos automotivos que jogam gases poluentes na atmosfera e antenas radiativas que são lesivos ao bem protegido, ao meio ambiente urbano, a todo o bairro e a comunidade em que os patrimônios cultural, natural e imaterial descaracterizados não existe da parte de alguns dos seus habitantes, dos nossos governantes e políticos, nenhum interesse em sua defesa.

Mesmo que ainda o Poder Executivo das três esferas não levem em consideração a avaliação dos impactos perniciosos e a necessidade da sua preservação ambiental, mesmo que haja contradição e confusão do que é o lazer sadio, vale lembrar, que o lazer e recreação, foi inserido no artigo 6º da Constituição Federal de 1988, entre os direitos sociais. Lazer e recreação são funções urbanísticas. “Lazer é entrega à ociosidade repousante. Recreação é entrega ao divertimento, ao esporte, ao brinquedo. Ambos requerem lugares apropriados, tranqüilos num, repleto de folguedos e alegrais em outro”. Lazer, também, é mencionado de passagem, em nossa Constituição, no art. 227, assim descrito: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito ... ao lazer” Por outro lado, a Constituição Federal, também, tutela o meio ambiente, dedicando-lhe todo um capítulo (artigo 225 e seus incisos), assim resumido; “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. No § 3º as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. Nos parágrafos que seguem o caput do artigo 216 vem mencionados os meios de salvaguarda, proteção e incentivo a preservação e manutenção dos bens de natureza material e imaterial, [e o principal] que é da alçada do Poder Público com a colaboração da comunidade, e que dentre estes meios estão os inventários e os registros, como formas de acautelamento e preservação.


Autora: Cristina Reis



Saiba o que pode e o que não pode ser reciclado

Hoje em dia é comum (ainda bem!) ver pessoas e organizações realizando a coleta seletiva. Apesar de suas boas intenções, muitos materiais não recicláveis acabam indo para o lugar errado e atrapalham o trabalhado dos recicladores. Se o problema for a falta da informação sobre o que pode e o que não pode ser reciclado, não se aflija, seus problemas acabaram!

Papel - Servem para reciclagem:

papéis de escrever- cadernos, papéis de escritório em geral;
• papéis de impressão - jornais, revistas;
• papéis de embalagem - papéis de embrulho em geral, papel de seda, etc.;
• cartões e cartolinas - caixas de papelão e cartolinas em geral;
• papéis especiais - papel kraft, papel heliográfico, papel filtrante, papel de desenho.

Não servem para reciclagem:

papel vegetal;
• papel celofane,
• papéis encerados ou impregnados com substâncias impermeáveis;
• papel-carbono;
• papéis sanitários usados;
• papéis sujos, engordurados ou contaminados com alguma substância nociva à saúde;
• papéis revestidos com algum tipo de parafina ou silicone;
• fotografias;
• fitas adesivas e etiquetas adesivas.

Plásticos - Servem para reciclagem:

todos os tipos de embalagens de xampus, detergentes, refrigerantes e outros produtos domésticos;
• tampas plásticas de recipientes de outros materiais;
• embalagens de plástico de ovos, frutas e legumes;
• utensílios plásticos usados, como canetas esferográficas, escovas de dentes, baldes, artigos de cozinha, etc.

Não servem para reciclagem:

plásticos (tecnicamente conhecidos como termofixos), usados na indústria eletro-eletrônica e na produção de alguns computadores, telefones e eletrodomésticos;
• plásticos tipo celofane;
• embalagens plásticas metalizadas, por exemplo, de alguns salgadinhos;
• isopor.

Vidro - Servem para reciclagem: Todos os vidros, como:

garrafas de bebida alcoólica e não-alcoólica;
• frascos em geral ( molhos, condimentos, remédios, perfumes, produtos de limpeza);
• potes de produtos alimentícios;
• cacos de qualquer dos produtos acima.

Não servem para reciclagem (exceções):

espelhos;
• vidros de janelas;
• vidros de automóveis;
• lâmpadas,
• tubos de televisão e válvulas;
• ampolas de medicamentos,
• cristal;
• vidros temperados planos ou de utensílios domésticos 

Metais - Todos os tipos de metal são recicláveis.

Orgânico - Servem para reciclagem:

restos de legumes, verduras, frutas e alimentos;
• filtros e borra de café;
• cascas de ovos e saquinhos de chá;
• galhos de poda, palha, flores e cascas de árvores;
• papel de cozinha;
• caixas para ovos e jornal;
• penas e cabelos;
• palhas secas e grama (somente em pequenas quantidades).

Não servem para reciclagem:

carne, peixe, gordura e queijo (podem atrair roedores);
• plantas doentes e ervas daninhas;
• couro, borracha e tecidos;
• óleos;
• cinzas de cigarro, de madeira e de carvão, inclusive de churrasco;
• conteúdo de aspirador de pó (valores elevados de metais e poluentes orgânicos);
• fezes de animais domésticos, papel higiênico e fraldas (por razões de higiene)

Fonte: Instituto GEA

Especialista destaca pontos positivos e negativos da nova Lei de Resíduos Sólidos



Aprovada em 7 de julho no Senado, depois de tramitar por cerca de duas décadas, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é considerada um avanço no Brasil, país no qual as cidades produzem 150 mil toneladas de lixo por dia, das quais 59% são destinadas aos lixões. Em artigo publicado nesta quarta-feira (28), no jornal O Estado de S.Paulo, a pesquisadora, diretora e coordenadora da área de Meio Ambiente Urbano do Instituto Pólis, Elisabeth Grimberg, analisou os pontos positivos e negativos da nova lei.

"Entre os positivos eu destacaria, em primeiro lugar, o fato de que o texto aprovado é enxuto e enfatiza a redução, o reúso e o reaproveitamento. Em segundo lugar, o texto tem dez referências à participação das cooperativas de catadores no processo de gestão de resíduos. Há, inclusive, a previsão de financiamento para municípios que façam coleta seletiva com catadores, medida indutora do desenvolvimento das cooperativas", destacou Grimberg.

Segundo a pesquisadora, outro ponto positivo da PNRS diz respeito a proibição da importação de resíduos perigosos e rejeitos cujas características causem dano ao ambiente e à saúde. "Absurdo que a lei corrigiu", observou. Elisabeth Grimberg também elogiou as metas e prazos inclusos na elaboração da PNRS, bem como o tratamento consorciado de resíduos, que permite a pequenos municípios planejarem conjuntamente a destinação. "O fato de a lei garantir remuneração ao Estado, caso ele tenha de se ocupar das atribuições relativas à logística reversa dos geradores, também é positivo", acrescentou.

Problemas

Os pontos negativos, na opinião da pesquisadora, são referentes aos artigos 9º e 33 da regulamentação. O primeiro "abriu possibilidades para a 'recuperação energética' dos resíduos, ou seja, a incineração". Grimberg questiona a medida ao considerar o caráter tóxico da queima de lixo. Segundo ela, as cinzas devem ser destinadas a um aterro especial. "Mais um aspecto negativo: a análise do ciclo de vida do produto não foi incluída como um processo anterior à coleta. Seria a deixa para os fabricantes repensarem seus produtos, como o excesso de embalagens", pontua.

Sobre o artigo 33, que trata da logística reversa, Elisabeth Grimberg criticou o fato de o texto deixar a cargo dos geradores de resíduos (setor empresarial) a liberdade de escolha referente a execução do processo para produtos em que não há obrigatoriedade prevista na lei. "Se o gerador disser que não pode recolher um produto, por inviabilidade técnica ou econômica, a sociedade terá de aceitar", conclui.

Sanção

Segundo informações do Ministério do Meio Ambiente, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) deverá ser sancionada, por meio de um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em evento que está previsto para ser realizado em 2 de agosto. Nos dias que antecedem a possível sanção, todos os ministérios que têm relação com o tema deverão se manifestar, e caso haja propostas, elas serão encaminhadas para a Casa Civil.

Retirado do Portal ECOD

terça-feira, 20 de julho de 2010

Mercúrio é mais perigoso no mar

Agência FAPESP – As concentrações de mercúrio em água doce são muito maiores do que as encontradas em água salgada. Entretanto, ao serem ingeridos, são os peixes de mar que oferecem mais riscos à saúde humana.

A afirmação é de um estudo feito por pesquisadores da Universidade Duke, nos Estados Unidos, e publicado neste domingo (27/6) no site da revista Nature Geoscience.
O motivo é a própria água do mar. A versão potencialmente perigosa do mercúrio é o metilmercúrio (C2H6Hg), que se une à matéria orgânica dissolvida em água doce e, no mar, liga-se ao cloreto, ou seja, ao próprio sal.
O modo mais comum por meio do qual a natureza transforma o metilmercúrio em uma forma menos tóxica é por meio da ação da luz solar. Quando o metilmercúrio é ligado à matéria orgânica dissolvida, como plantas ou animais decompostos, a luz do sol quebra a molécula”, disse Heileen Hsu-Kim, professora assistente de engenharia civil da Universidade Duke e um dos autores do estudo.
Entretanto, na água do mar, o metilmercúrio permanece fortemente ligado ao cloreto, não sendo degradado com facilidade pela luz solar. Nessa forma, ele será ingerido por animais marinhos”, explicou.
O metilmercúrio é uma neurotoxina potente que, uma vez ingerida, pode provocar problemas nos rins, no sistema nervoso e até mesmo morte. A ingestão da substância é particularmente perigosa nos casos de gravidez, podendo causar problemas neurológicos na criança.
Como peixes e frutos do mar têm tendência natural de armazenar metilmercúrio em seus órgãos, eles são a principal fonte de ingestão do metal em humanos.
A exposição ao mercúrio é consideravelmente elevada nos Estados Unidos. Um levantamento epidemiológico recente verificou que 8% das mulheres tinham níveis de mercúrio mais altos do que o limite considerado ideal. Uma vez que os humanos estão no topo da cadeia alimentar, qualquer quantidade de mercúrio nos alimentos se acumula em nosso corpo”, disse Heileen.
Segundo a cientista, o estudo reforça a importância de direcionar pesquisas e políticas de controle do mercúrio para a água salgada. Até hoje, a maior parte dos esforços tem sido direcionada à presença do metal em água doce.
Atualmente, destaca Heileen, cientistas contam com tecnologia capaz de medir com eficácia as concentrações de mercúrio na água do mar, que são menores – e, portanto, mais difíceis de identificar – do que na água doce.
Como o metilmercúrio não é quebrado pela luz solar na água do mar, sua vida é muito maior ali do que na água doce”, disse. O mercúrio chega à água por muitas rotas. As fontes mais importantes são a combustão de carvão, o refino de ouro e de outros metais não ferrosos e erupções vulcânicas.
O artigo Photolytic degradation of methylmercury enhanced by binding to natural organic ligands (doi: 10.1038/ngeo892), de Tong Zhang e Heileen Hsu-Kim, pode ser lido por assinantes da Nature Geoscience m www.nature.com/ngeo.

Vitamina D diminui risco de Mal de Parkinson

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Explicado efeito do brócolis contra o câncer de próstata

Explicado efeito do brócolis contra o câncer de próstata: "O brócolis inibe o desenvolvimento do câncer de próstata, mas até agora os cientistas não sabiam como o vegetal agia no organismo para produzir esse efeito protetor."

sábado, 17 de julho de 2010

ANVISA DIVULGA LISTA DOS ALIMENTOS COM NÍVEL DE AGROTÓXICO ACIMA DO PERMITIDO

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou, um relatório sobre o uso dos agrotóxicos em alimentos como frutas, verduras, legumes e grãos consumidos pelos brasileiros. Em 2009, a instituição coletou 3.130 amostras de 20 alimentos. Delas, 29% apresentaram irregularidades como ingredientes ativos não autorizados e resíduos de agrotóxicos acima do permitido. Os dados fazem parte do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA).

O programa monitorou as culturas em 26 estados do Brasil, apenas o Alagoas não participou. Foram encontrados resíduos de agrotóxicos acima do permitido em 2,7% das amostras coletadas. Os casos mais problemáticos foram os do pimentão (80% das amostras insatisfatórias) , uva (56,4%), pepino (54,8%) e morango (50,8%). Já a cultura que apresentou melhor resultado foi a da batata com irregularidades em apenas 1,2% das amostras analisadas. Veja relatório completo no site da agência. www.anvisa.gov. br
Em 15 das 20 culturas foram encontrados ingredientes ativos com elevado grau de toxicidade aguda comprovada e que causam problemas neurológicos, reprodutivos, de desregulação hormonal e até câncer. Alguns deles estão em processo de reavaliação toxicológica pela Anvisa e outros já foram banidos. "Encontramos agrotóxicos, que estamos reavaliando, em culturas para os quais não estão autorizados, o que aumenta o risco tanto para a saúde dos trabalhadores rurais como dos consumidores" , declarou Dirceu Barbano, o diretor da Anvisa.

O que fazer

Segundo a instituição, o consumidor deve optar por produtos com origem identificada para reduzir o consumo de agrotóxico em alimentos. Isso porque a identificação aumenta o comprometimento dos produtores em relação à qualidade dos alimentos.

Outra dica é escolher alimentos da época ou cultivados por métodos de produção integrada - conjunto de técnicas de manejo que utilizam menos agrotóxicos. Alimentos orgânicos também são uma opção, pois não empregam produtos químicos. Os procedimentos de lavagem e retirada de cascas e folhas externas de verduras ajudam na redução dos resíduos de agrotóxicos presentes apenas nas superfícies dos alimentos.